O secretário de Desenvolvimento do Espírito Santo, Marcio Felix, disse que esta será a primeira sonda de grande profundidade a ser entregue no Brasil. A Sete Brasil informou ter identificado no País demanda por sondas de águas ultraprofundas e fechou contrato mesmo antes do resultado, com o objetivo de ganhar tempo.
Segundo a companhia, mesmo que não feche acordo com a Petrobrás, outra petroleira certamente precisará da sonda para a exploração do pré-sal. Sua única concorrente disputa apenas um lote de cinco das 21 sondas.
Nos bastidores, a Sete Brasil dá a contratação como certa.
Em meados de dezembro, no lançamento da pedra fundamental do estaleiro, o presidente da Jurong no Brasil, Martin Cheah Kok Choon, havia dito que pretendia ser o primeiro a entregar uma sonda do tipo no Brasil.
Além da negociação à margem do que vier a ser decidido pela Petrobrás, a construção do navio-sonda esbarra em outra questão problemática: o estaleiro em Aracruz não existe. A pedra fundamental foi lançada em dezembro. A previsão é de que estará pronto no fim de 2014, um semestre antes da entrega da sonda.
Assim, a construção da sonda ocorrerá simultaneamente à do estaleiro, o que pode provocar complicações e atrasos. A Sete conhece bem o problema, pois em 2011 a Petrobrás a contratou para fabricar sete navios-sondas, lote inicial das 28 embarcações que a petroleira quer empregar no pré-sal. Para fabricar as embarcações, a empresa escolheu o Estaleiro Atlântico Sul (EAS), em Pernambuco, também em construção. A fabricações das sondas está bastante atrasada.
Por: SERGIO TORRES , SABRINA VALLE / RIO
(Fonte: O Estado de S.Paulo)