Coordenadores do movimento informaram que cerca de 2 mil pessoas se espalharam pelos imóveis. “Todos moravam aqui em São Paulo, mas não tinham mais condição de pagar o aluguel ou moravam de favor. Ninguém quer morar de graça, a gente quer pagar, mas dentro das nossas possibilidades”, disse uma das coordenadoras, Carmen Ferreira.
Reintegração. Na tarde de ontem, o terreno da zona sul já havia tido sua posse reintegrada por policiais militares. “Eles agiram de forma truculenta, inclusive com bombas de gás”, relatou o coordenador-geral da FLM, Osmar Borges.
Já as 368 famílias que ocuparam o prédio do antigo Hotel Lord estavam se acomodando nas 170 suítes. A dona de casa Renata Dias, de 23 anos, percorria o corredor do quarto andar mostrando a nova casa para o marido, o motoboy Flávio Barbosa, de 27. O desempregado José Martins Silveira, de 50, estava guardando lugar para a mulher e os dois filhos.
Reforma. A Sehab disse que a Prefeitura desenvolve o maior programa de reforma de prédios para fins habitacionais no País. Dos edifícios invadidos, ainda segundo a Sehab, apenas o Hotel Lord é da Companhia de Habitação (Cohab), que trata a questão judicialmente.
Por: CAMILA BRUNELLI – O Estado de S.Paulo
(Fonte: Estadão)