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Sem recursos para nova licitação, helicóptero do Saer Criciúma pode parar

O Serviço Aeropolicial da Polícia Civil (SAER) de Criciúma, que iniciou no final de novembro do ano passado, deve parar de operar nos próximos dias. O contrato de aluguel da aeronave encerra no dia 19 de setembro, e sem recursos para lançar uma nova licitação, o serviço será suspenso. O delegado Gilberto Mondini, coordenador do Saer Criciúma, explica que o edital já está pronto, mas por falta da dotação orçamentária, ainda não foi publicado. O aluguel da aeronave, manutenção e seguro custam, em média R$ 150 mil por mês, segundo o delegado.

— Enquanto não vem essa dotação, não é possível lançar o edital da licitação sob pena de incorrer em crime de responsabilidade. A policia está buscando esse dinheiro, mas o argumento do Governo do Estado é que o momento é de poucos recursos e que estão encontrando dificuldade em remanejar — explicou Mondini.

A Delegacia Geral da Polícia Civil de Santa Catarina negocia com a Secretaria de Estado da Fazenda para buscar recursos e evitar que o serviço seja suspenso. Porém, não há tempo hábil para a publicação do edital, cumprimento dos prazos e contratação de uma empresa até o término do contrato atual. Também não é possível prorrogar o serviço, pois ele já foi prorrogado por cinco anos.

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Na época em que o serviço foi instalado, uma força-tarefa envolvendo poder público e iniciativa privada fez toda a reforma necessária no prédio que hoje abriga o Saer, na Vila Macarini. O presidente da Associação Empresarial de Criciúma (Acic), César Smielevski, foi um doa envolvidos na mobilização, ao lado do secretário executivo da Agência de Desenvolvimento Regional (ADR), João Fabris. Foram cerca de R$ 230 mil investidos, a partir da colaboração do empresariado da região.

— Não recebemos nenhum aviso formal, ficamos sabendo do término do contrato pela imprensa. Até fazer uma nova licitação, esse negócio vai longe. Nos deixa muito chateados algumas coisas, primeiro a saída da equipe do sul, principalmente pois está chegando o verão, a questão do litoral, atende uma área enorme de Imbituba a Passo de Torres, com milhares de turistas. Pediram apoio do empresariado, o apoio foi dado de maneira incondicional, e alguns meses depois nos deixam pendurados no pincel, isso nos chateou demais — desabafou.

Na segunda-feira, a ACIC vai encaminhar ao governo do Estado e Câmara de Deputados um documento requisitando que o serviço continue a ser oferecido na região. O Sul do Estado foi o último território catarinense a receber um serviço de atendimento aéreo, e pode ser o primeiro a perdê-lo, contestam as autoridades. A associação dos municípios do extremo-sul e da região de Tubarão e Laguna também assinam o documento.

(Fonte: DC)

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