SOB SUSPEITA
A não construção dos banheiros foi alvo de polêmica quando a praça das Bandeiras foi entregue pela prefeita Dárcy Vera (PSD) com nove meses de atraso, depois de passar por obras de revitalização que custaram cerca de R$ 1,04 milhões.
Na ocasião, o Tribunal de Contas do Estado abriu sindicância para apurar se houve superfaturamento nas obras da praça. O padre Francisco Jaber Zanardo Moussa, pároco da catedral, afirmou que os dois únicos banheiros da igreja eram usados por até 50 pessoas, diariamente.
“Tive que trancá-los porque não são comerciais e estavam ficando muito sujos. Finalmente esses banheiros da praça vão sair”, disse.
OUTRO LADO
Os tapumes que foram instalados ontem na praça das Bandeiras, em frente à catedral de Ribeirão Preto, são sobras do material usado nas obras antienchente, de acordo com a assessoria de imprensa da Leão Engenharia.
O material reutilizado foi doado à administração, ainda segundo a assessoria de imprensa, depois de um pedido feito pelo secretário municipal de Obras Públicas, Abranche Fuado Abdo.
A Leão Engenharia é responsável por parte do trecho das obras na avenida Jerônimo Gonçalves, entre o terminal rodoviário e a rua Ana Néri, na Vila Tibério.
A assessoria de imprensa da prefeitura informou que as doações feitas por empresas são comuns e que não há problemas na ação. No caso específico da obra na praça das Bandeiras, a doação não compromete a licitação porque a Leão Engenharia participa dela. Antes de a Leão Engenharia confirmar a doação, o secretário não quis revelar o nome da empresa.
A assessoria de imprensa da prefeitura, embora também não tenha informado o nome da empresa doadora, confirmou que a iniciativa privada usualmente se interessa por “prestar auxílio à administração”. “Os tapumes estão sendo colocados para que possamos adiantar o trabalho e as construções dos banheiros”, informou o secretário.
Por: GABRIELA YAMADA
(Fonte: Folha SP)