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RJ enfrenta dificuldades na prevenção contra chuvas de verão


Em 2017, Prefeitura investiu 75% a menos em relação a 2016 no programa de proteção de encostas e áreas de risco geotécnico.

s fortes chuvas não serão uma novidade nesse verão no Rio de Janeiro. O que nem todo mundo sabe é que a Prefeitura investiu menos dinheiro para prevenção de desastres provocados pelas chuvas no ano passado. Os dados são do portal Rio Transparente.

O governo do estado admite que em onze municípios, as sirenes que deveriam alertar os moradores de áreas de risco não estão funcionando.

Em 2017, foram R$ 19 milhões (R$ 19.242.378,08) para o programa de proteção de encostas e áreas de risco geotécnico. Esse número equivale a 75% a menos que em 2016: R$ 77.499.266,51.

O programa de prevenção e controle de enchentes também teve queda de 89% (R$ 19.611.030,43) em relação ao ano anterior ( R$ 186.770.058,66)

O monitoramento da cidade é feito 24 horas a partir desse Centro de Operações do Rio e trata-se de um trabalho conjunto, feito também com a participação da Defesa Civil, para tomar medidas preventivas em caso de alerta de temporal.

O centro tem 815 câmeras espalhadas pelo município, e que podem localizar, quando chove muito, os lugares que precisam de intervenção urgente.

De acordo com Luis André Moreira Alves, engenheiro da Defesa Civil, há um sistema de sirenes em áreas de risco do Rio desde 2011 pra alertar a população quando a chuva é muito forte. Ao todo são 165 equipamentos em 103 comunidades. As sirenes são acionadas no Centro de Operações e, quando chega o verão, são testadas toda semana.

Outras cidades do estado também ganharam sirenes de alerta pra população. A mobilização foi maior depois de janeiro de 2011, quando mais de 900 pessoas morreram em deslizamentos de terra na Região Serrana do Rio, no maior desastre natural da história do país.

Entre as cidades mais afetadas, Nova Friburgo, Teresópolis e Petrópolis. As prefeituras informaram que fazem treinamentos periodicamente pra orientar os moradores sobre os riscos. As três cidades juntas e Bom Jardim têm hoje 85 sirenes de alerta funcionando. A manutenção é responsabilidade do governo do estado, que deveria garantir o funcionamento de outras 180 sirenes em mais 12 cidades, mas o serviço está parado há dois anos.

Em niterói, Região Metropolitana do Rio, a prefeitura assumiu os custos, e as sirenes estão em operação. A cidade viveu uma tragédia, em 2010, quando centenas de casas foram soterradas no Morro do Bumba, e 48 pessoas morreram.

Em Angra dos Reis, na Costa verde, a prefeitura também abriu licitação pra fazer a manutenção das sirenes, mas o processo só deve terminar no final do mês. Quem mora na cidade conhece bem os riscos. Oito anos atrás, 53 pessoas morreram em deslizamentos de terra, no dia primeiro de janeiro.

A prefeitura recebeu mais de R$ 60 milhões dos governos federal e estadual pra obras que até hoje não ficaram prontas.

O Governo do Estado declarou que espera a liberação do edital de licitação pelo Tribunal de Contas pra contratar a empresa que vai manter os equipamentos em dia, com verba do governo federal.

A Prefeitura de Angra dos Reis disse que o dinheiro repassado pelo governo federal não foi suficiente pra todas as obras e que vai buscar mais recursos.

Sobre as sirenes que não estão funcionando, o governo do estado declarou que aguarda liberação do edital de licitação pelo Tribunal de Contas para aplicar o dinheiro empenhado pelo governo federal na manutenção dos equipamentos./

O estado disse, ainda, que está investindo R$ 144 milhões em obras de contenção de encostas na Região Serrana e que todos os projetos em execução e em licitação são financiados com recursos federais.

A Prefeitura do Rio disse que os números do Rio Transparente, mostrados na reportagem, não estão atualizados, embora o portal – que é da Controladoria Geral do Município – informe que os dados foram atualizados no dia 2 de janeiro de 2018.

De acordo com a Prefeitura, os investimentos em prevenção e controle de enchentes no ano passado foram de R$ 121 milhões e não de R$ 19 milhões. Pra este ano, a Prefeitura prevê gastos de R$ 218 bilhões. No caso do programa de proteção de encostas, a prefeitura declarou que a gestão anterior incluiu nos valores de 2017 gastos com a reforma Vila do Pan e obras no entorno da Vila dos Atletas, construída para as Olimpíadas, e alega que por isso o valor foi tão diferente.

(Fonte: G1)

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