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Rio+20 é momento de criar política global para a água, diz diretor da ANA

Em relatório divulgado na última semana, a ONU pede que “medidas drásticas” sejam tomadas pelos governos para evitar disparidades econômicas que atingiriam, principalmente, os mais pobres.

“A água precisa ser enxergada de uma forma vertical, não somente transversal [como elemento coadjuvante] na educação, nas mudanças climáticas, na navegação. Temos que criar uma condição de uniformidade em torno deste tema. Na verdade, a água precisa ter uma casa própria para ser discutida”, disse o diretor da ANA.

Desleixo
Segundo ele, que participou da sexta edição do Fórum Mundial da Água, realizado na última semana em Marselha, na França, foi consenso dos países participantes o “desleixo” que o assunto tem dentro da organização.

“Existe um escritório voltado para a água [UN-Water] que a cada período de tempo passa a ser administrado por uma agência diferente. Atualmente está sob os cuidados da Organização Meteorológica Mundial. O que precisava na Rio+20 é criar o Conselho de Desenvolvimento Sustentável [que funcionaria nos moldes dos conselhos de Segurança e Direitos Humanos] ou mesmo fortalecer o Pnuma [Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente] e dentro dessas instituições inserir um braço responsável pela água”, explica.

“É melhor do que ter de reformar agências que já existem. Desta forma, a água passaria a ser vista nas questões social, ambiental e econômica”, disse Andreu citando as vertentes principais que terão reflexos na Rio+20.

Novas políticas e cobranças pelo uso da água
De acordo com o diretor da ANA, existe uma articulação entre os países para implementar ao texto final da conferência a necessidade de se criar mais reservatórios de água contra variabilidades climáticas (no controle de inundações ou abastecimento em épocas de seca).

Outro tema abordado por ele é a possibilidade de se cobrar mundialmente pelo uso da água, dinheiro que seria revertido principalmente para pagamento de serviços ambientais aos pequenos produtores.

“Para isso, seriam criados fundos financeiros globais que dariam suporte aos países. O dinheiro viria da cobrança feita às empresas de saneamento, energia e também dos governos”, explica.

Qualidade das águas no Brasil
Apesar do desenvolvimento do país e enriquecimento da população, o Brasil ainda não conseguiu alcançar 100% da coleta de esgoto, principal causador de poluição hídrica no país.

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