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Próxima etapa da obra da Leitão da Silva vai até a Beira Mar em Vitória


Obras vão se estender até o bairro Praia de Suá em março de 2017.
Licitação para segunda etapa da obra foi anunciada nesta terça (29).

As obras da avenida Leitão da Silva, em Vitória, vão se estender até o encontro dela com a Avenida Beira-Mar, na Praia do Suá, quando for iniciada a segunda etapa, com previsão para março de 2017.

É a continuação de uma intervenção que deveria ter acabado em julho de 2015, mas que teve atrasos e ajustes que agora tem prazo de entrega para o primeiro semestre de 2018.

O governo do estado publicou nesta quarta-feira (30) a licitação no Diário Oficial para a segunda etapa da obra, que originalmente seria feita sem divisões em etapas, e fez o anúncio em solenidade nesta terça-feira (29) no Palácio Anchieta.

Inicialmente centrada na área compreendida entre o entroncamento com a Avenida Rio Branco, em Santa Lúcia, e os Correios, em Itararé, agora a obra será estendida nas duas pontas da Leitão da Silva, até a Beira-Mar, de um lado, e até a Avenida Dona Maria Rosa, em Andorinhas, de outro.

Além da demora em três anos a mais do que o previsto inicialmente, a nova etapa também significa um gasto dobrado sobre o custo firmado quando foi dada a ordem de serviço, em janeiro de 2014 – de R$ 50 milhões, a ampliação da avenida passará a quase R$ 115 milhões.

Os problemas aconteceram depois que foi identificado que o previsto no primeiro projeto não seria suficiente principalmente para resolver as deficiências de drenagem na região.
O novo edital tem um orçamento de R$ 63 milhões, mas a expectativa é de que o valor gasto seja menor. Isso porque é um teto e as propostas apresentadas devem ter custos menores.
“Estamos prevendo a abertura dos envelopes no dia 5 de janeiro e certamente será um valor abaixo desse que foi orçado. As empresas vão competir”, disse o diretor-geral do Departamento de Estradas de Rodagem (DER-ES), Enio Bergoli. O órgão é responsável pelas intervenções na Avenida Leitão da Silva.
Finalização
A licitação deve ter o resultado divulgado em fevereiro. Tudo correndo sem contestações das empresas envolvidas, as obras da nova etapa iniciam-se em março e a previsão de finalização no primeiro semestre de 2018. “Em termos de projeto, a segunda etapa está prevista para 12 meses”, destaca Bergoli

.
Na solenidade, o governador Paulo Hartung falou da importância da obra para a região, onde há problemas com a drenagem e lembrou sua preocupação com área desde que estava na prefeitura da capital.
“Toda a estrutura de drenagem do bairro nós fizemos quando fui prefeito, então conheço muito a região e o sistema de drenagem”, disse.

Drenagem
As obras na Avenida Leitão da Silva, para sua ampliação, acabaram tornando-se muito mais uma intervenção de drenagem do que viária – 66% dos recursos estão sendo destinados a isso.

No trecho já adiantado, entre a Rio Branco e os Correios, já foram feitos alguns serviços de drenagem, com galerias. Em parte dele, estão concluídas três pistas de cada lado e a ciclovia, no meio da via. Em outro pedaço, só há pistas prontas em uma direção (Maruípe/Beira-Mar).

Agora estão previstas, mais galerias, obras para complementar vias de retorno e entroncamento nas proximidades da Rio Branco, além de completar, por fim, o asfaltamento e a implantação da passagem para bicicletas no centro da via.

A ideia é ter até cinco galerias no trecho, uma ao lado da outra. “É para que não tenha os problemas graves com chuva ali naquela região. Porque desce muita água dos morros”, diz Bergoli.

Comerciantes temem novos atrasos na obra
Com o novo atraso anunciado das obras de ampliação na Avenida Leitão da Silva, os comerciantes temem a falta de estacionamento no local, que pode gerar a diminuição do fluxo de pessoas.

Os estabelecimentos no trecho em que a data das obras ainda será anunciada, na Praia do Suá, buscam alternativas para que os prejuízos não sejam tão alarmantes.

O proprietário de um restaurante que fica na região, Felipe Delboni, já pensa em estratégias para tentar driblar os impactos desse processo. “Vamos criar mais opções de estacionamentos para que os clientes não deixem de frequentar a casa”, conta.

Para o gerente de uma oficina da região Júnior Sodré não deveria existir mais atrasos na obra. “Tivemos em média 25% de perda de lucro desde o início da obra. Até hoje as pessoas ainda evitam passar pela região”, destaca.

Desde o início da obra, 24 lojas fecharam as portas na Leitão da Silva. “Sofremos duas vezes. Nos preocupamos com o atraso da obra, mas entendemos que ela se iniciou sendo de mobilidade urbana e virou uma obra de macrodrenagem”, explica o presidente da Associação dos Empresários da Leitão da Silva (Assemple), Wellington Gonçalves.

Diante da demora, alguns comerciantes afetados desde o início de 2014 já até se acostumaram com as dificuldades. “Tivemos uma queda em torno de 40% nas vendas. Agora esperamos que esse novo prazo seja cumprido”, explica Tatiana Ramos, administradora de uma papelaria na região.

Parquímetro
Segundo a Secretaria de Transportes, Trânsito e Infraestrutura Urbana (Setran), parquímetros serão implantados nas ruas de acesso à avenida após a conclusão das obras no local, que estão previstas para o primeiro semestre de 2018.

Enquanto a urgência para que as obras sejam finalizadas é consenso entre os comerciantes, a solução para as vagas no estacionamento gera discussão.

O gerente Júnior Sodré observa o prejuízo dos três anos de obra e teme que, com o parquímetro, o fluxo de pessoas piore. “Não acho que seja viável pois não há espaço”, explica.

Já o gerente de uma loja de tintas, Renato Correia, acredita que o sistema vai trazer melhorias. “Me coloco no lugar do consumidor e por isso sou a favor do parquímetro. Acredito que isso atrai os clientes”, diz .

Avenida contará com ciclovia e seis pistas
O projeto que será entregue à população, e que passou por modificações ao longo do tempo, contará com três pistas em cada sentido e uma ciclovia no meio da Avenida Leitão da Silva.

Mas enquanto tudo isso é feito, a via continua movimentada e com comércio ativo. Por isso o cronograma muitas vezes teve que ser adequado às necessidades da comunidade, explicou o secretário de Transportes e Obras Públicas, Paulo Ruy Carnelli.

“Os comerciantes demandam que a via precisa ficar acessível o tempo todo. Por isso, o andamento das obras sempre foi planejadas de forma a manter a acessibilidade”, disse.

Às vezes, acontecem reclamações porque vai avançar para um trecho e é preciso repensar o planejamento. “Tentamos concatenar os desejos da comunidade de movimentação com a obra e acabamos mudando o cronograma”, destacou.
Agilidade
Ele disse também que foi preciso dividir a intervenção em duas etapas porque o primeiro contrato licitatório não permitia crescer a obra e que “o planejamento atual permitirá agilidade”, o que deve evitar mais atrasos.

O secretário ressaltou que o projeto foi muito modificado para contemplar a drenagem e por isso acabou ficando mais caro. “Não é que dobrou o valor, é que mais que dobrou a drenagem. Antes, ao longo da Leitão da Silva toda teria uma galeria. Agora em alguns trechos terão até cinco”, pontua.

Como as mudanças foram feitas com a obra já em andamento, isso foi um forte fator complicador para uma intervenção bastante complexa, que tem demandado muitas escavações.

(Fonte: G1)

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