A ação ressalta que a “alegada especialização” não foi comprovada. Cita, ainda, irregularidades como a suposta exiguidade do prazo para a reforma, alegada pelos acusados. Porém, Gustavo Penna já participava de reunião do Comitê Gestor de Copas em 24 de junho de 2009, mas o contrato só foi formalizado cinco meses depois. A Procuradoria da República aponta o valor do contrato como a mais grave irregularidade. A ação lembra que Oscar Niemeyer cobrou R$ 6 milhões pelo projeto da Cidade Administrativa, sede do Executivo mineiro, com 6 edificações e bem mais complexo que o do Mineirão.
Por meio de nota, a Secretaria Extraordinária da Copa do Mundo (Secopa) ressaltou que a decisão é apenas liminar e que o mérito da questão ainda será julgado.
O Ministério do Esporte, também por nota, definiu como “equivocada” a inclusão de Luís Fernandes na ação. “O ministério e o Gecopa não têm qualquer responsabilidade na execução da obra de reforma do Mineirão”, diz a nota. Informa, ainda, que ele exerce a função de coordenador do Gecopa desde 29 de fevereiro de 2012, “portanto mais de dois anos após a contratação citada pelo Ministério Público Federal”.
O Estado procurou o escritório de Gustavo Penna, que informou que se pronunciaria por meio de nota, mas não o fez até as 19 horas de ontem. / COLABOROU ALMIR LEITE
Por: MARCELO PORTELA, BELO HORIZONTE
(Fonte: O Estado de S.Paulo)