A licitação para o sistema de iluminação pública chegou a ser barrada pelo Tribunal de Contas do Município (TCM) no início do ano e, em setembro, foi alvo de denúncias de favorecimento – o Estado registrou o vencedor antes do anúncio do resultado oficial, o que pôs a concorrência sob suspeita. Outra licitação ainda não finalizada, a do serviço de varrição, impede que mil pontos de coleta voluntária de material reciclável sejam instalados. Especialistas em direito administrativo dizem que uma licitação demora, ao menos, três meses. Soma-se a isso o tempo da obra.
“Com um ponto no bairro, poderia cobrar dos moradores a separação do lixo. Tentei fazer isso ano passado e quase me bateram. O lixo ficava na garagem às vezes por uma semana, até que algum carroceiro viesse buscar”, diz João Leôncio Pereira, de 43 anos, síndico do Edifício Caravelas, na Liberdade, região central.
O programa de metas foi implantado por meio de projeto de lei, ideia da Rede Nossa São Paulo, em 2009. “Gostaria de dizer, no fim de 2012, que todas as metas foram cumpridas. Mas há grande desconfiança”, diz Oded Grajew, coordenador da rede.
A Prefeitura afirma que “41 metas foram finalizadas, 176 estão em andamento, em diferentes estágios, e seis não foram iniciadas”. E informa que o acompanhamento do programa permite “uma visão indicativa das ações que apresentam maior ou menor dificuldade de execução”.
Por: TIAGO DANTAS , JORNAL DA TARDE
(Fonte: O Estado de S.Paulo)