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Pré-sal faz Petrobras ‘poupar’ em leilão

Ao ser operadora, ela assume a responsabilidade por planejar e executar a exploração (perfuração de poços) e produção dos campos e fazer contratações de bens, serviços (plataformas e sondas, inclusive) e empregados.

 

Por isso, a estatal delegou a outras grandes petroleiras mundiais como BP e Total essa função em boa parte dos blocos arrematados por ela em parceria com essas e outras companhias no leilão de concessão da ANP.

 

ESCOLHA DOS BLOCOS

 

A opção por blocos na foz do Amazonas se deu diante das boas perspectivas geradas por descobertas em áreas similares da África e Guiana.

 

Já na bacia do Espírito Santo o objetivo da estatal foi “cercar” campos já descobertos e onde possui plataformas instaladas -o que reduz a necessidade de investimento.

 

A licitação de anteontem da ANP ofertou áreas de bacias maduras (muito exploradas) ou pouco conhecidas e sem tradição na exploração de petróleo, chamadas de novas fronteiras.

 

Segundo analistas e executivos do setor, a Petrobras adotou uma atitude de “cautela” e mostrou “pé no chão” no leilão.

 

A estatal assumiu ainda um papel “menos relevante”, dizem, ao abrir mão da liderar os consórcios e operar blocos, apesar de ter sido a empresa que comprou (sozinha ou em parceria) mais áreas no leilão -34 ao todo.

 

Apenas em sete blocos a empresa fez lances sozinha. Preferiu nos outros 27 uma participação minoritária.

 

Na Foz do Amazonas, tida como promissora em águas profundas (especialidade da empresa), a Petrobras se limitou a 30% em consórcio com Total e BP.

 

Para Adriano Pires, diretor da consultoria CBIE, isso indica que a empresa está poupando esforços para o leilão do pré-sal.

 

“Ela foi mais comedida por causa da obrigação de ser operadora única do pré-sal.”

 

O espaço deixado pela estatal permitiu que outras petroleiras assumissem também o “protagonismo” na exploração do país, segundo o presidente do IBP (Instituto Brasileiro de Petróleo), João Carlos de Lucas.

 

“Isso traz um novo dinamismo ao setor e uma multiplicidade de atores. Agora, o mapa do petróleo no Brasil é diferente.”

 

Por: DENISE LUNA e PEDRO SOARES
(Fonte: Folha SP)

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