O governo enfrentou dificuldades para avançar com a pauta do Plenário nesta quarta-feira (18).
Durante toda a manhã, a oposição seguiu com estratégias de obstrução. Se na terça-feira (17) o motivo do desacordo foi o adiamento da votação do novo Código Florestal para a próxima semana, agora foi o pedido de convocação do ministro-chefe da Casa Civil, Antonio Palocci, que acirrou os ânimos.
O Plenário rejeitou o requerimento da oposição, mas a estratégia de obstrução conseguiu impedir a votação de medidas provisórias, como queriam os governistas. A oposição queria votar na Comissão de Agricultura requerimento para convocação do ministro, para que ele explicasse seu aumento de patrimônio em supostamente 20 vezes nos últimos quatro anos, conforme noticiou o jornal Folha de S. Paulo.
O problema é que, com o início da sessão extraordinária no Plenário, as reuniões das comissões tiveram que ser interrompidas. Os oposicionistas, então, tentaram aprovar em plenário a convocação. O requerimento foi rejeitado, mas a oposição conseguiu impedir o início da votação das MPs 517/10, 520/10 e 521/10, esta última com uma emenda que cria o Regime Diferenciado de Contratações (RDC), com novas regras para licitações de obras dos eventos esportivos mundiais que o País vai sediar entre 2013 e 2016 (Copa das Confederações, Copa do Mundo, Olimpíadas e Paraolimpíadas).
Opinião da oposição
Para o líder do DEM, deputado Antonio Carlos Magalhães Neto (BA), o ministro deve explicações à sociedade. Estamos propondo, apenas e tão somente, que a Câmara dos Deputados faça aquilo que é seu dever e obrigação: trazer o ministro Antonio Palocci para que ele preste os esclarecimentos a respeito da sua fabulosa evolução patrimonial, afirmou.
No entanto, para o líder do governo, deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP), o que a oposição quer, na verdade, é dificultar as votações em Plenário. A oposição já declarou guerra, está fazendo guerra.
Na realidade, o que eles não querem é aprovar a MP 517, porque dá uma estabilidade para o sistema de energia, e não querem votar um sistema especial de contratação para a Copa, porque estão confundindo fazer oposição ao governo com fazer oposição ao Brasil, ressaltou.
(Fonte: Jornal Correio Lageano)