Grobman alega que a Editoras Associadas do Brasil participava dos processos de contratação do governo paulista e apresentava preços altos para induzir a FDE a comprar produtos de outras empresas ligadas ao grupo COC.
“Tal editora apresentava propostas de valor maior, para que outra empresa do Grupo COC ganhasse o certame, como a Interactive Sistemas Educacionais Ltda. Assim, a Editoras Associadas participava apenas para (…) simular uma suposta ‘concorrência’ entre os proponentes”, declarou.
Entre os anos de 2004 e 2006, a Interactive firmou três contratos para fornecer softwares educacionais para a FDE, no valor total de R$ 3,75 milhões. A Editora COC foi contratada em 2004 para vender 7 mil “cadernos digitais” por R$ 1 milhão.
A Editoras Associadas, onde o personal trainer havia trabalhado, também foi contratada pela FDE. Seis meses depois que Alexandre deixou o governo, em janeiro de 2006, a fundação assinou um contrato de R$ 2,45 milhões com empresa para a aquisição de softwares educacionais.
Alexandre trabalhou na FDE entre 2 de abril de 2004 e 8 de junho de 2005, com a responsabilidade de desenvolver um programa de qualidade de vida para funcionários da Secretaria de Educação. À época da rescisão de seu contrato, seu salário era de R$ 10.629,64.
O grupo Bio Ritmo confirmou que Alexandre foi diretor técnico da rede até outubro de 2003.
A assessoria de Chalita informou que Alexandre não era personal trainer do deputado, negou a suspeita de favorecimento e disse acreditar na apuração correta do Ministério Público.
Alexandre de Freitas não foi encontrado para comentar as declarações de Grobman.
Por: BRUNO BOGHOSSIAN, MARIÂNGELA GALLUCCI
(Fonte: O Estado de S.Paulo)