Com isso, o secretário acredita que o número de telecentros deverá diminuir. Essa mudança, em conjunto com a nova licitação para a empresa que vai gerir os contratos
Simão Pedro defende que telecentro não tenha só internet, pois jovem da periferia já tem acesso à rede em outros locais
Quando os primeiros telecentros foram criados, ainda na gestão Marta Suplicy (2001-2004), poucos bairros da periferia de São Paulo tinham acesso à internet banda larga. Mesmo onde havia o serviço, o custo mensal era proibitivo e computadores ainda eram considerados itens de luxo. Hoje, mais de 60% dos domicílios paulistanos têm computador, segundo o Censo 2010, e há planos de internet banda larga por menos de R$ 30 por mês.
Para o secretário municipal de Serviços, Simão Pedro (PT), essas mudanças são profundas o suficiente para que o antigo modelo dos telecentros – cujo objetivo era oferecer acesso grátis à internet e cursos de informática – seja declarado como “falido”.
“O telecentro não pode ser só um espaço de internet. O jovem da periferia ou tem acesso ao computador em casa ou na escola ou tem uma lan house do lado cobrando um preço barato para o acesso para a internet. O modelo atual está falido”, afirmou o secretário.
Dados mostram que, apesar do crescimento do número de telecentros na gestão Kassab, a demanda pelo serviço está bem abaixo da oferta. Em março, a média de frequência nos telecentros da cidade foi de apenas 8 mil pessoas. Considerando que existem 334 unidades e cada uma tem, em média, 20 computadores, é quase como se cada computador tivesse sido usado apenas uma vez durante todo o mês.