Venezuela e Equador, tradicionais críticos dos EUA, chegaram a levantar a hipótese de a Celac substituir a OEA – projeto ainda considerado improvável por analistas consultados pela BBC Brasil.
“É um bloco em formação, cuja efetividade ainda está em aberto. É cedo para saber se vai promover uma agenda com políticas comuns”, diz Ayerbe – ressaltando, porém, que o organismo tem valor por agregar Brasil e México, as duas maiores economias latino-americanas.
Para Duarte Villa, a Celac, se já existisse à época do golpe em Honduras, poderia ter tido um papel relevante em seu desfecho. “Não creio que a OEA vá desaparecer (por conta da Celac), mas pode acabar com um papel mais periférico na região”, opina.
OTCA
Silva Gonçalves explica que a Organização do Tratado de Cooperação Amazônica foi criada no final dos anos 1970, num contexto de “pressão externa pela internacionalização da Amazônia”.
Congrega Brasil, Bolívia, Colômbia, Equador, Guiana, Peru, Suriname e Venezuela, no objetivo de “conjugar esforços pela preservação da Amazônia” e cooperar em áreas como infraestrutura, transporte, comunicações, vigilância ambiental e sanitária.
Para alguns, a OTCA perdeu relevância desde então, mas, na opinião de Gonçalves Silva, “algumas questões amazônicas ainda só podem ser resolvidas em conjunto”.
Aladi
A Associação Latino-Americana de integração tem funções majoritariamente tarifárias e comerciais, congregando América do Sul, México e Cuba na ideia da criação de “uma área de preferências econômicas” e um “mercado comum latino-americano”.
Para Duarte Villa, o organismo, criado em 1980, é um dos que poderiam ter sido repensados após a criação de outros blocos regionais.
Grupo do Rio
Formado por Estados latino-americanos e caribenhos desde 1986, o grupo é apontado como um mecanismo de diálogo com outras regiões, como fórum político que, na opinião de Duarte Villa, “subsidia decisões para outras organizações”.
(Fonte: Estadão)