A opção pelo envio dos resíduos ao continente, em caráter de emergência, aconteceu porque a licitação para a escolha da empresa que coleta e retira o lixo da ilha enfrenta problemas de ordem técnica e está paralisada, aguardando pareceres do Tribunal de Contas do Estado e da administração local.
Segundo o diretor de infraestrutura do arquipélago, Gustavo Araújo, não há risco de colapso do sistema de coleta. “Estamos trabalhando para garantir que não haja maiores problemas para o meio ambiente, moradores e turistas. Nossa decisão por iniciar a retirada em caráter de emergência aconteceu porque chegamos perto do limite prudencial em nosso depósito.”
O trabalho de remoção e envio dos resíduos sólidos é acompanhado por técnicos da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Em Fernando de Noronha, apenas o lixo orgânico, que vira adubo, e o vidro, que se transforma em pó usado na construção civil, são tratados. A ilha tem cerca de 3,4 mil moradores que, junto com os 700 visitantes autorizados a entrarem no local, produzem, por dia, 7 toneladas de lixo.
Por: MONICA BERNARDES , ESPECIAL PARA O ESTADO / RECIFE
(Fonte: O Estado de S.Paulo)