Uma das unidades, na Região Norte, está praticamente pronta, porém abandonada. Onde seria a UPA nordeste só terraplanagem foi feita.
Duas novas Unidades de Pronto Atendimento (UPA) já poderiam estar funcionando em Belo Horizonte se os prazos de construção tivessem sido cumpridos. Mas a realidade é outra: as obras estão inacabadas e a população sofre com a precariedade da saúde.
A UPA Norte, no bairro Araão Reis, na Região Norte, é um desses exemplos. A obra iniciada em 2009 nunca foi finalizada e hoje é motivo de insegurança. Segundo moradores da região, o local está cheio de mato alto, sujeira, portas quebradas, fiação soltas nas salas e vândalos já quebraram parte do que já foi feito.
Já a UPA Nordeste teve sua ordem de serviço para a construção e execução em julho de 2013, com previsão de término para o primeiro semestre de 2014, mas obra no valor de R$ 2.065.895,24 só ficou no alicerce. A placa ainda promete: uma UPA vai ser construída na Região Nordeste. A comunidade está desiludida.
Se na UPA Nordeste não tem um tijolo assentado, a UPA Norte, na Via 240, está praticamente pronta. o líder comunitário mostrou à reportagem que é o prédio é enorme. Tem várias salas, corredores, tem até lâmpada instalada, ar refrigerado comprado e muitos equipamentos médicos ainda embalados.
Enquanto tem cavalo pastando onde deveria ter paciente sendo atendido, na UPA mais perto, do bairro Primeiro de Maio, também na Região Norte, tem gente esperando socorro até na calçada.
O presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Belo Horizonte (Sindibel), Israel Arimar, defende a conclusão das obras das Upas. “Nós estamos no início de uma nova gestão, estamos novamente reiterando perante a Secretaria Municipal de Saúde a necessidade de concluir essas obras tanto pra atender bem a população, mas também para que os trabalhadores possam ter as condições mínimas de atendimento”, afirmou.
A prefeitura informou que os serviços de execução da UPA Norte 1 estão temporariamente paralisados. Em relação à UPA Nordeste 2 disse que a obra foi interrompida, em dezembro de 2015, após a execução da terraplenagem e que nos dois casos houve desistência dos contratos por parte das empresas.
A assessoria do ex-prefeito Marcio Lacerda (PSB) confirmou que esse foi o motivo da paralisação das obras.
A atual administração informou ainda que novas licitações serão realizadas. Mas não falou em prazos.
(Fonte: G1)