Avanço das obras em região da Paraíba prejudica moradores que ainda não receberam uma casa nova ou não foram indenizados.
Máquinas paradas em trecho em Pernambuco tiram esperança de novos empregos.
O Jornal nacional exibe nesta quinta-feira (9) a segunda reportagem especial da série sobre a transposição das águas do Rio São Francisco. Os repórteres Mônica Silveira e Augusto Cesar mostram duas realidades distintas: o avanço das obras em uma região da Paraíba e as máquinas paradas, quase abandonadas, em um trecho em Pernambuco.
A chegada de máquinas nunca vistas na região atraiu os agricultores. “Estamos aqui por um emprego”, avisa uma mulher.
O vigia Agenor Gonçalves é assediado. “Toda hora é: ‘Agenor, chegou alguma pessoa da empresa?’ Não, por enquanto não tem”, conta.
“Eu estou aqui para aguentar qualquer emprego”, afirma o um morador.
Em Cabrobó, Pernambuco, o canal da transposição é esperança e abandono. A construtora chegou a iniciar a escavação nos lotes 1 e 2. E não passou disso. Há um ano e meio, a obra parou, do jeito que está. O mato cresceu e quilômetros de escavação na pedra, investimentos, suor, ficaram espalhados, abandonados no meio do Sertão. Nos canteiros vazios, equipamentos que seriam usados para transformar o Sertão.
No ano passado, alguns consórcios de empreiteiras pararam a construção porque consideraram o valor da licitação menor do que o custo real. O Ministério da Integração Nacional começou uma nova negociação com as empreiteiras.