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Obra impede início das aulas em campus da Unifesp em Guarulhos

Um atraso em uma obra vem impedindo que mais de 3.200 alunos da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo) retornem às aulas neste ano. Com início previsto para meados de março, o ano letivo no campus Guarulhos ainda não começou nem tem previsão de começar.

Estudantes estão com medo de perder mais um semestre de aulas. No ano passado, um deles foi perdido por conta de uma greve estudantil.

A unidade Guarulhos da Unifesp fica no bairro dos Pimentas, na periferia. Foi inaugurada em 2007 por Fernando Haddad, então ministro da Educação e hoje prefeito de São Paulo. Nasceu sem o seu prédio principal, e a falta de espaço fez com que alunos tivessem aulas em uma escola infantil ao lado.

Após uma série de entraves na licitação, o prédio principal só começou a ser erguido em 2013. Por causa das obras, toda a unidade precisou se mudar para um colégio de ensino médio particular no centro de Guarulhos –o aluguel custava R$ 250 mil por mês.

A previsão da Unifesp era de que a obra fosse finalizada em julho de 2015, e que, em março deste ano, as aulas retornassem ao bairro dos Pimentas. Não deu certo: faltavam detalhes na instalação elétrica, laudo dos bombeiros e aprovação da prefeitura. O início das aulas foi adiado.

CALOURO FRUSTRADO

“É triste de se ver. Temos o prédio e não temos aula”, disse uma estudante do segundo ano do curso de história. Ela não quis se identificar.

A caloura Michele Lima, 21, fez cursinho por dois anos para entrar em uma universidade pública. Passou em três: Unesp, Federal do Rio e Unifesp –que escolheu por ser mais perto da sua casa.

Até agora, quase no meio do semestre, ela não conseguiu ter aulas do curso que escolheu: história. “É muito frustrante. Acreditei que a Unifesp estava mudando, que teria estrutura quando voltasse para o Pimentas, mas a universidade me decepcionou.”

Mesmo assim, ela não pensa em desistir. “Vou continuar. Mas estou com medo de perder o semestre. Se não perdermos, teremos que ver todo o conteúdo em dois meses”, diz Michele.

Em assembleia na noite desta quarta (13), os estudantes criticaram a “falta de transparência da Unifesp” e decidiram fazer um ato na próxima segunda (18), em frente à reitoria, para pedir esclarecimentos sobre a obra, a volta às aulas e o aluguel pago pela universidade ao colégio particular vizinho.

(Fonte: FOlha)

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