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Na licitação de táxi de Vitória, defensores são os mais prejudicados

Para taxistas de Vitória, a licitação lançada pela prefeitura para concessão de novas placas favorece o restrito grupo de permissionários que comanda o serviço na capital capixaba. Eles defendem que o certame tenha medida que garanta a participação de defensores e não de permissionários já estabelecidos. “A prefeitura não visitou as praças para ver quem é defensor e quem é permissionário”, diz um deles, que prefere não se identificar.

A concorrência lançada em para permissão de novos serviços de táxi está suspensa desde 22 de dezembro de 2015 por decisão da Comissão Especial de Licitação. O sobrestamento foi anunciado cinco dias após a prefeitura ser notificada pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE). O órgão pediu explicações sobre a licitação, antecedendo a apreciação de pedido de medida cautelar pela suspensão do processo licitatório.

O clima continua tenso entre os taxistas de da cidade. Em conversa com os motoristas, eles garantem que 90% dos taxistas da capital são defensores, razão pela qual defendem rigor no processo para evitar a participação de permissionários já estabelecidos. Os taxistas avaliam que não adianta elaborar uma concorrência para favorecer quem já tem o controle do serviço.

A licitação vai distribuir 108 novas placas e formar um cadastro de reserva com 50 classificados. Para os taxistas, o processo lançaria mais duzentos defensores nas ruas. A prefeitura publicou em 15 de dezembro a classificação final dos licitantes.

Como a reportagem já apurou em matéria anterior, o serviço de táxis em Vitória é um negócio de milhões comandado por poucos permissionários e acudido por muitos defensores. Impera na cidade a prática ilegal, embora corriqueira, do aluguel pago a defensores a permissionários do serviço de táxi.

A Capital capixaba registra uma frota de 463 táxis. Hoje a diária média paga por um defensor ao permissionário é de R$ 220. Se cada veículo gera R$ 220 por dia a seu permissionário, no final do mês, a frota total gera cerca de R$ 3 milhões mensais. Ou seja, se um permissionário concentra 10 placas, ele embolsa pelo menos R$ 2.200 por dia, ou R$ 66 mil por mês.

Fonte: Século Diário

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