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MT quer concluir VLT em 2 anos

Em nota de esclarecimento na noite de ontem, o Governo de Mato Grosso descartou qualquer hipótese de manter o Consórcio VLT na execução do modal de transporte entre Cuiabá e Várzea Grande, cujas obras estão paralisadas há três anos. O Estado lembrou que tomou a decisão de romper o contrato após a “Operação Descarrilho”, deflagrada pela Polícia Federal diante da corrupção descoberta na obra bilionária.

O Governo ainda citou que aplicou uma multa de R$ 147 milhões no Consórcio. É citado ainda que no início do próximo ano será lançada a nova licitação para a obra seja, enfim, concluída num prazo de dois anos.

NOTA DE ESCLARECIMENTO
O Governo de Mato Grosso vem a público esclarecer os procedimentos tomados com relação ao processo administrativo aberto para apurar infrações contratuais praticadas pelo CONSÓRCIO VLT após o conhecimento dos fatos divulgados com a deflagração da Operação Descarrilho, bem como as próximas medidas para a retomada das obras do VLT:

1. Em virtude dos eventos ilícitos que vieram a público por conta da Operação Descarrilho e até então desconhecidos dos agentes do Estado, foi instaurado processo administrativo com o objetivo de apurar a responsabilidade do CONSÓRCIO VLT pelo cometimento de práticas ilegais e contrárias ao contrato.
2. Após delimitar os fatos e garantir o exercício da ampla defesa ao CONSÓRCIO VLT, a Comissão de Processo Administrativo, composta por membros da Procuradoria Geral do Estado (PGE), Secretaria das Cidades e Controladoria Geral do Estado, concluiu pela ocorrência de práticas caracterizadoras de rescisão contratual, como atos de inidoneidade consistentes no pagamento de vantagens indevidas a agentes públicos, subcontratação com irregularidade e cumprimento irregular de cláusulas do contrato.
3. Acolhendo o parecer da Comissão, a Secretaria das Cidades decidiu pela rescisão unilateral do contrato, com a aplicação de penalidades decorrentes do descumprimento contratual, como a multa no valor de cerca de 147 milhões de reais (10% do valor do contrato), além de indenização dos prejuízos causados ao Estado de Mato Grosso (passíveis ainda de apuração completa) e a declaração de inidoneidade do Consórcio VLT e das empresas que o compõem.
4. Com a rescisão do contrato, nenhum valor será pago ao CONSÓRCIO VLT. Todas as multas e prejuízos causados ao Estado de Mato Grosso serão abatidos dos créditos do CONSÓRCIO VLT.
5. Concluída a apuração destes fatos e a imposição das consequências cabíveis, o Estado de Mato Grosso passa, agora, para uma nova etapa, que é a construção do edital de licitação pela modalidade do Regime Diferenciado de Contratação para contratação de uma nova empresa para conclusão das obras remanescentes do VLT, sempre primando pela legalidade e pelo interesse público que deve nortear todas as condutas dos administradores públicos.
6. Nesse sentido, o Governo do Estado está concluindo os estudos para o lançamento, no início de 2018, de uma nova licitação para a retomada das obras, cuja ordem de serviço deve ser dada até junho, com prazo de conclusão em 24 meses.
Cuiabá, 04 de Dezembro de 2017.
Procuradoria Geral do Estado (PGE)
Secretaria das Cidades
Controladoria Geral do Estado

(Fonte: Folha Max)

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