Obra vem sendo realizada com recursos do Ministério dos Transportes.
O Ministério Público Federal em Roraima (MPF/RR) percorreu a BR-174 para verificar as condições de trafegabilidade e inspecionar o andamento das obras de recuperação da principal rodovia do Estado. A diligência ocorreu no início desta semana e contou com a presença in loco do procurador da República com atuação junto ao Patrimônio Público, Leonardo de Faria Galiano, e da equipe da Controladoria Geral da União (CGU).
A obra, em execução desde março de 2010, foi dividida em quatro lotes e cada um deles tem uma empresa responsável pelas obras. As empresas vencedoras das licitações que operam os trabalhos na rodovia são: Delta Construções S.A; Via Engenharia S.A; Consórcio Seabra Caleffi e CMT Engenharia Ltda, responsáveis pelos lotes 1, 2, 3 e 4, respectivamente.
Durante a diligência, foi constatado que somente uma empresa, a Delta Construções possuía maquinários e operários em quantidade compatível com o tamanho da obra. Das empresas que executam o contrato de recuperação da BR 174, três delas, pouco ou quase nada foi visto que pudesse justificar a demora no reinicio das obras, considerando que as ordens de serviços foram entregues no início de 2010. O que pudemos observar é que a execução é incipiente. Obras paralisadas e totalmente abandonadas, relatou o procurador Galiano.
O procurador destaca, ainda, que mesmo após o término do inverno atípico, as obras continuam paradas. Para ele, o período chuvoso que atingiu Roraima recentemente, cujo ápice culminou com a interdição da BR-174 por conta da elevação do nível do Rio Branco sobre a rodovia no trecho próximo a Caracaraí, não justifica a falta de avanço nas obras de recuperação, bem como a ausência de maquinários e trabalhadores neste mês de agosto.
O MPF/RR solicitou da Secretaria de Estado e Infraestrutura do Estado de Roraima (Seinf) toda a documentação referente aos contratos de prestação de serviços das empresas responsáveis pela execução das obras na BR-174. A documentação, composta de 92 volumes, já está em análise na instituição ministerial, e uma vez havendo irregularidades, o MPF irá analisar quais medidas serão adotadas para corrigir os problemas e concluir com qualidade as obras na rodovia.