Notícias

MPF aponta mau uso de verba na UFRJ

Entre os gastos questionados também constam mais de R$ 8 mil utilizados para compra de pães, biscoitos e margarina para o gabinete da reitoria em um ano. Também são questionadas despesas de alimentação, bebidas alcoólicas e auxílio-funeral pagas com verbas do fundo contábil da reitoria.

 

Denúncia. O processo se baseia em um relatório preliminar de uma auditoria da Controladoria-Geral da União (CGU), feita em 2009. O relatório foi finalizado em agosto e ainda aguarda aprovação do setor jurídico.

 

Segundo o documento, não houve licitação para a contratação do banco, que ganhou exclusividade da gestão das contas da universidade, como o pagamento e a administração de convênios. O valor pago pelo banco não teria sido contabilizado no caixa da universidade.

 

O contrato previa o pagamento de R$ 43 milhões pelos serviços e mais R$ 9 milhões para divulgação institucional. Os recursos eram intermediados pela Fundação José Bonifácio, instituição privada que atua no apoio à universidade. A mediação, segundo a denúncia, era um artifício para fugir da legislação sobre a gestão de recursos públicos. Desta forma, o dinheiro era usado sem controle ou licitação.

 

Os contratos foram firmados em 2007 na gestão do ex-reitor Aloísio Teixeira, morto em julho. À época, o atual reitor Carlos Antonio Levi era pró-reitor de Planejamento e Desenvolvimento e, de acordo com a ação, tinha conhecimento da irregularidade dos contratos. A denúncia indicia também o presidente da Fundação José Bonifácio e servidores do gabinete da reitoria.

 

Desvios. De acordo a CGU, cerca de R$ 10 milhões dos recursos obtidos com o Banco do Brasil foram usados em reformas prediais. A auditoria não encontrou, entretanto, licitações para parte das obras. Como as verbas não foram incluídas no sistema de gerenciamento, os recursos também foram utilizados para o pagamento de diárias irregulares, de despesas em benefício privado e para a contratação de empresas sem licitação.

 

Uma empresa da filha e da ex-mulher de Aloísio Teixeira foi contratada para a criação de uma agenda estudantil e a editoração de livros. Somente a filha dele recebeu mais de R$ 16 mil pela criação da agenda. Também sem licitação, uma empresa de buffet recebeu mais de R$ 260 mil para o fornecer lanches.

Related posts
Notícias

Raquel Lyra lança licitação para construção de 51 Centros de Educação Infantil

A iniciativa faz parte do Juntos pela Educação e irá beneficiar alunos de 0 a 5 anos em 42…
Read more
Notícias

Municipalismo: publicado resultado da licitação para revitalizar Parque da Lagoa Comprida

O projeto visa melhorar a infraestrutura urbana da área Aquidauana vai dar um passo significativo…
Read more
Notícias

SERVIDORES E COLABORADORES DA SEMACE SÃO CAPACITADOS SOBRE NOVA LEI DE LICITAÇÕES

Para acompanhar as mudanças na Lei de Licitações, a Superintendência Estadual do Meio Ambiente…
Read more

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *