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MPE pede condenação e pena de 30 anos de cadeia para Alan Malouf

O Ministério Público do Estado (MPE) pediu a condenação em 30 anos de prisão do empresário Alan Malouf, dono do Buffet Leila Malouf, alvo da Operação Rêmora, pelos crimes de organização criminosa e corrupção passiva.

O pedido faz parte das alegações finais apresentadas à juíza da 7ª Vara Criminal, Selma Arruda, no último dia 3 de agosto, pelos promotores do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco).

Malouf foi alvo da operação em sua terceira fase, denominada Grão Vizir, em maio de 2016, que apurou desvios na Secretaria de Educação do Estado (Seduc), através de fraudes em licitações para beneficiar empresas, em obras e reformas de unidades de ensino.

Outro réu na operação, o engenheiro eletricista Edézio Ferreira da Silva teve a condenação pedida por envolvimento com organização criminosa. A participação dele foi apontada pelo empresário Giovani Guizardi, um dos donos da Dínamo Construtora Ltda, réu e delator do esquema.

Conforme a denúncia, além de ter alugado uma sala para as reuniões do delator, o engenheiro fazia o levantamento dos valores que os empresários tinham a receber da secretaria, no intuito de auxiliá-lo na cobrança de propina.

Alan Malouf é delator do esquema e, em junho desse ano, confirmou à Selma o esquema de fraudes na Seduc. Segundo o ele, o desvio de dinheiro, por meio de licitações fraudulentas, estava ocorrendo para ressarcir empresários que ratearam uma dívida da campanha do governador Pedro Taques (PSDB).

Segundo Alan, valores desviados de medições para obras da Seduc, comandada pelo tucano Permínio Pinto, teriam sido devolvidos aos empresários que colaboraram com a campanha. O réu afirma ter colaborado com R$ 10 milhões para a campanha vitoriosa de Pedro Taques ao Governo, por meio de esquema de “caixa 2” (sem prestação de contas).

Guizardi também teria doado R$ 200 mil de forma irregular. O dinheiro retornaria com os desvios de verbas da Seduc. O grupo também cobrou propina de empreiteiros que participam de licitações de cartas marcadas para as obras da secretaria.

Em nota, na última segunda-feira (21), o governador pontuou que Alan Malouf jamais exerceu qualquer cargo ou delegação na arrecadação de fundos eleitorais, durante a campanha de 2014. Taques classificou “as declarações do investigando como uma tentativa sórdida e mentirosa de envolvê-lo em ações criminosas das quais jamais teve conhecimento, tampouco delas deu ordem ou participou”.

Operação Sodoma

Alan Malouf também foi citado pelo ex-secretário da Casa Civil, Pedro Nadaf, no decorrer da Operação Sodoma.

Nadaf disse ter emprestado R$ 2,1 milhões ao empresário, proveniente da propina recebida da desapropriação de um terreno no bairro Jardim Liberdade, em Cuiabá, e venda de uma área na região do Manso, como forma de lavar o dinheiro.

Após o empréstimo, Nadaf disse que solicitou ao empresário que fosse oficializado um contrato entre a NC Consultoria [empresa do ex-secretário] e o Buffet Leila Malouf para que sua empresa de fachada pudesse ter lastro financeiro. Neste mesmo período, repassou mais R$ 1,5 milhão com o objetivo de lavar mais dinheiro. “Este valor ainda está com o Alan”, disse.

(Fonte: Folha MT)

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