Ao assumir, a gestão Fernando Haddad (PT) criticou a anterior e abriu licitações para reformar e aumentar a quantidade de equipamentos.
Na contramão da redução de mortes em acidentes de trânsito em toda a cidade de São Paulo em 2012 -houve queda de 9,8% em relação a 2011- um mapeamento da CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) aponta que algumas regiões da capital tiveram aumento no ano passado.
Das 31 áreas analisadas, houve crescimento nos acidentes fatais em 10 e queda em 19 -duas não mudaram.
Análise: Ainda há muito por fazer para reduzir vítimas do trânsito
Os números sofrem oscilações anuais, mas duas regiões de perfis econômicos distintos chamam a atenção por apresentarem tendência de crescimento desde 2010.
Itaquera, na zona leste, lidera a lista, com 65 acidentes -número que cresceu 33% na comparação com 2011.
O mesmo aumento ocorreu do outro lado do mapa, em Pinheiros, na zona oeste, onde foram 48 acidentes.
Entre os cinco distritos com as maiores variações no número de mortes por acidentes de trânsito, esses dois são os únicos que mantém a tendência de alta desde 2010.
MOTIVOS
De acordo com especialistas, o aumento nessas regiões pode estar ligado a um maior volume de carros e moradores ou a falhas na fiscalização.
Tadeu Leite Duarte, diretor de planejamento da CET, diz que há poucos radares fora do centro expandido e que as falhas constantes nos semáforos favorecem infrações e prejudicam a segurança.
Ao assumir, a gestão Fernando Haddad (PT) criticou a anterior e abriu licitações para reformar e aumentar a quantidade de equipamentos.
De acordo com o diretor de planejamento da CET, a companhia pretende “atacar essas regiões com uma presença maior para não permitir que cresça o número de acidentes e se reverta essa situação”.
Ele também diz que campanhas de educação para o trânsito, como a de proteção ao pedestre, já foram expandidas neste ano.
PERFIL
O balanço da CET também faz um perfil dos 1.231 mortos em acidentes. A vítima mais comum, como em anos anteriores, continua sendo ocupantes de motocicleta com idade entre 20 e 29 anos.
O perfil se mantém mesmo tendo ocorrido queda de 14,5% no número de motociclistas mortos em acidentes.
O levantamento revela ainda um dado que causa alerta: a faixa etária com maior aumento de mortes é a de crianças com até 9 anos.
Foram 32 mortes, aumento de 60% em relação ao ano anterior. A principal causa são os atropelamentos, responsáveis por 22 mortes.
Por: ANDRÉ MONTEIRO
(Fonte: Folha SP)