Para viajar, passageiros usam espaço sem cobertura adequada em praça ao lado de terminal, fechado por entrave em obras. ‘Só está acumulando sujeira’, reclama estudante.
Com a rodoviária inutilizada três anos após ser concluída, passageiros de Serrana (SP) precisam recorrer a um ponto de ônibus improvisado para embarcar e desembarcar na cidade. A área fica em frente ao terminal, que deveria ter sido entregue em 2012.
“Já faz um bom tempo que está para inaugurar e não inaugura nada. Só está acumulando sujeira. Fora à noite, que é totalmente escuro, pois não tem iluminação”, relata o estudante Guilherme Gambelli.
O secretário de Infraestrutura Mário Orlando Gallo Filho justifica que a inauguração ainda não aconteceu em razão de detalhes no sistema de coleta de esgoto que deixaram de ser solucionados por problemas com a empresa vencedora da licitação.
“O terminal tem obras a serem completadas, que são pequenas. Além disso, a última empresa [vencedora da licitação] para concluir a reforma foi desclassificada por falta de qualificação técnica”, diz.
Segundo ele, a Prefeitura analisa diferentes alternativas para a conclusão da obra, da abertura de uma nova licitação a um contrato de concessão, e espera que a inauguração aconteça em 2020.
Avaliada em R$ 2,6 milhões, a reforma da rodoviária foi iniciada em 2011 e deveria ter sido entregue no ano seguinte, mas o prazo não foi cumprido em função de inúmeras paralisações. Em 2016, a obra finalmente foi concluída, mas, desde então, o terminal não foi inaugurado e se tornou alvo de queixas.
Acostumado a embarcar à noite, o estudante Guilherme Gambelli reclama da insegurança na região. “Eu não espero o transporte aqui, porque não tem condições. Sinto medo pela situação de escuridão”, diz.
A falta de um local abrigado na espera dos ônibus representa um transtorno para a repositora Maria Luiza Duarte, que depende do transporte público.
“É muito complicado, porque às vezes está chovendo e não temos lugar para ficar. A inauguração do local será benéfica para todas as pessoas que usam os ônibus”, afirma.
(Fonte: G1 – Ribeirão Preto e Franca)