‘Minha prisão está marcada para quarta’, diz foragido da PF por causa dos escândalo no Ministério do Turismo
BRASÍLIA – Um dos acusados pela Polícia Federal de integrar a organização que desviou verbas do Ministério do Turismo, Humberto Silva Gomes, dono da empresa Barbalho Reis, rebateu em seu blog algumas das acusações do inquérito e informou que, na quarta-feira, estará de volta ao Brasil de Miami. Ele é considerado foragido pela PF, que acionou a Interpol para sua captura. “Minha prisão, digo, meu retorno está marcado para quarta (17), com chegada prevista em Brasília às 20h30”, escreveu.
Ele negou ter fugido, alegando que suas passagens foram compradas bem antes de a Operação Voucher ser deflagrada, na terça-passada. O embarque para os Estados Unidos ocorreu na véspera. Humberto diz que as transcrições de conversas da PF estão editadas e fora de contexto. Citando trecho em que daria orientações sobre como superfaturar serviços com o governo, escreveu: “O trecho divulgado faz parte de uma conversa informal com um colega. A duração desta conversa é de aproximadamente uma hora. Divulgaram um minuto (ou quase isso)”.
Ele afirmou que nunca teve contrato com governos estaduais ou o federal e que nunca participou de uma licitação. Seu contrato com o Ibrasi, entidade que recebeu verbas supostamente desviadas de um convênio do Turismo, seria por meio de carta-convite, “prática bastante utilizada por instituições, fundações e afins”.
“Não estou defendendo nenhum dos envolvidos. Nem a mim mesmo ou meu irmão. Mas, se encontraram irregularidades em nossos contratos, existem mecanismos de controle que, se não são perfeitos, que alguém possa instaurar algo mais consistente”, informou.
(Fonte: Extra – G1)