O Mercado D. Pedro V vai abrir mais onze lojas e bancas com talhos, mercearias, vestuário, laticínios e produtos hortícolas. Na hasta pública realizada hoje ficaram sem proposta de licitação todas as bancas destinadas à venda de peixe. Ficam fechados 46 espaços, num total de 78 no mercado municipal renovado, que reabriu em março depois de profunda remodelação.
Em específico foram concessionadas lojas de “diferentes setores de atividade, duas relativas a talho/mercearia/garrafeira; uma relativa a talho/mercearia; uma de vestuário/ retrosaria/acessórios de moda diversos; duas de laticínios ou pão/pastelaria e afins; duas de diversos não alimentares; uma de produtos alimentares gourmet; e duas bancas de produtos hortícolas.”
Um casal de brasileiros, que veio morar para Portugal depois do filho ter entrado na Universidade de Coimbra, licitou a loja no segundo andar do mercado municipal da Baixa de Coimbra destinada a produtos gourmet.
António Alves e Mirna Quesado vendiam no Brasil os produtos naturais que fabricam e decidiram trazer o negócio para Coimbra. Ainda sem nome, a loja vai vender produtos “fit gourmet artesanais”, como geleias, pudins, barras e outros alimentos com baixo teor de hidratos de carbono.
As receitas são de Mirna Quesado, revelou em direto ao Notícias de Coimbra o marido, que acrescentou estar ainda à procura de fornecedores em Portugal de adoçantes naturais, como por exemplo, xilitol. Mirna Quesado revelou ao NDC que a loja terá ainda um “cantinho” com doces tradicionais do Brasil. A ideia é trazer aos brasileiros que se encontram em Coimbra, os sabores da terra natal.
Na hasta pública realizada hoje participaram cerca de duas dezenas de pessoas, que acabaram por licitar menos de metade dos espaços disponíveis no renovado Mercado Municipal, havendo licitações desde os 100 aos mil euros.
Tratando-se de “propostas para a concessão dos espaços”, o processo vai seguir agora para aprovação em reunião do executivo municipal. Os proponentes terão depois 30 dias para entregarem a documentação necessária para que os serviços municipais possam emitir o alvará.
Os 46 espaços que continuam fechados vão ser alvo de um novo procedimento, em data e hora a divulgar, informou a Câmara Municipal.
Em março deste ano decorreu a primeira hasta pública para a atribuição de locais de venda no Mercado Municipal D. Pedro V pós obras. Na altura, dos 78 espaços que se encontravam para concessão (30 lojas e 48 bancas), foram concessionados 21 espaços (12 lojas e 9 bancas).
“Cada pessoa singular ou coletiva pôde arrematar até ao máximo de duas concessões de locais de venda no Mercado Municipal D. Pedro V, em cujo cômputo se incluem as concessões referentes a locais de venda e contando para esse número as concessões que já detenham no mesmo Mercado”, refere-se no edital 199/2022, que define os termos do procedimento. O documento excluiu “a associação de titulares de onde resulte a união, na mesma pessoa ou entidade, de número superior a duas concessões de locais de venda.”
Depois das “arrematações os adjudicatários pagaram o valor da arrematação, correspondente ao valor do lanço arrematado, acrescido de IVA à taxa legal, da seguinte forma: primeira prestação de 30 por cento, a liquidar no próprio dia da hasta pública, segunda e última prestação de 70 por cento, a liquidar contra a entrega do Alvará de Concessão, que deverá ser obtido junto dos serviços administrativos do Mercado Municipal D. Pedro V, no prazo máximo de 30 dias após a data da adjudicação definitiva pela Câmara Municipal.”
O horário de funcionamento do Mercado Municipal D. Pedro V foi alargado desde a reabertura em março de 2022. Os pisos 1 e 2 estão abertos até às 24h00, de segunda a quarta-feira, e até às 02h00 de quinta-feira a sábado. Já o piso 0 passa a estar aberto até às 19h00, de segunda-feira a sábado.
(Fonte: Noticias de Coimbra)