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Maioria dos vereadores aprova fim da verba, mas projeto foi rejeitado

Proposta que extingue a indenização dos gastos de gabinete e prevê licitação causa polêmica; enquete mostra que 90% dos parlamentares querem mudança ainda que parcial

Quase 90% dos vereadores de Belo Horizonte ouvidos em enquete realizada nesta terça por O TEMPO se disseram favoráveis às mudanças na verba indenizatória da Câmara da capital, com a realização de licitação para aquisição de todos ou pelo menos parte dos produtos utilizados para abastecer os gabinetes. O declarado apoio à mudança radical, no entanto, não significa que o projeto que prevê a extinção do benefício terá tramitação fácil na Casa.

 

Os vereadores têm adotado um discurso comum: não querem que o presidente, Léo Burguês (PTdoB), receba sozinho os louros por colocar em prática a antiga demanda. A insatisfação teve início depois que Burguês convocou a imprensa para anunciar o fim da verba e não teria consultado antes os colegas. Depois de pressionado pelos seus pares, durante uma reunião na última segunda-feira, o presidente recuou, afirmando que a proposta será analisada por uma comissão.

 

Dos 41 vereadores, 32 responderam à enquete. Desses, 20 defenderam que seja feita licitação de todos os 19 ítens que podem ser ressarcidos com a verba pela direção da Casa. Outros oito aceitariam que algumas rubricas fossem licitadas. Quatro apresentaram sugestões diversas, e nenhum vereador defendeu o atual modelo da verba indenizatória.

 

Ataques. Durante a sessão plenária desta terça, muitos parlamentares aproveitaram o microfone para criticar a atitude do presidente. “Ele está fazendo palanque com essa verba, e foi o meu voto que ajudou a colocar ele na presidência”, discursou Autair Gomes (PSC). O vereador Jorge Santos (PRB) também se mostrou insatisfeito. “Léo Burguês não me representa”, bradou.

 

Nos bastidores, porém, parlamentares dizem que o problema é que alguns colegas não querem a mudança e desejam que a verba indenizatória continue como está. Atualmente, cada vereador tem R$ 15 mil mensais para a manutenção da atividade parlamentar.

 

Nesta terça, Burguês se defendeu das críticas e confirmou que alguns vereadores estão insatisfeitos com a proposta. “Como houve uma reação muito forte por parte de alguns vereadores, preferi montar essa comissão para poder esclarecer ao conjunto da Casa que ainda não sabia”, disse.

 

Modalidade

 

Compras. Defendendo sua proposta, Burguês sugeriu a licitação no modelo de Ata de Registros de Preços. Como exemplo, citou a compra de jornais e de materiais de escritório.

 

(Fonte: O Tempo)

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