Pontos chave de uma licitação bem sucedida
Ter conhecimento a respeito da lei de compras governamentais é o primeiro passo para os empreendedores que decidem entrar em uma licitação púbica. De acordo com Gabriella, a lei garante para as micro e pequenas empresas (MPEs), a participação exclusiva em licitações de até R$ 80 mil. No caso das negociações com valores superiores, as MPEs têm a garantia da reserva de 25% de toda a contratação que puder ser desmembrada. Para a gestora, conhecer essa lei e os benefícios que ela traz, é o primeiro e mais importante passo para quem quer apostar neste mercado.
Outro ponto importante para o sucesso de uma negociação deste tipo é conhecer e entender muito bem o edital da licitação. “No edital, tem uma série de exigências e prazos. É lendo o material que ele saberá se tem condições de atender a demanda e os prazos”, indica Gabriella.
O empreendedor também deve ter “pés no chão” e fazer os cálculos para saber se o capital de giro será suficiente para atender a demanda e os prazos para pagamento. “O governo só paga depois de receber o produto. O empreendedor não pode fechar o contrato contando com um adiantamento do valor contratado. Será necessário um bom capital de giro”, diz a gestora do Sebrae.
Procurar informações com outros empreendedores que já trabalham para o setor público pode ser útil, afirma Gabriella. “Eles já têm experiência e podem ajudar muito na troca de informações.”
Mania Confecções
No mercado de uniformes há três anos, a empreendedora Sandra Felícia Silva Barreto, do Distrito Federal, proprietária da Mania Confecções, afirma que, por enquanto, não está preparada para atender o setor governamental. Por isso, o foco da Mania Confecções é nas empresas privadas.
A empreendedora conta com uma carteira de mais de 50 clientes e fabrica de 5 mil a 8 mil peças por mês. O carro-chefe da empresa são os uniformes em tecido tipo brim. Para atender as demandas, Sandra conta com uma equipe de oito funcionários diretos. Por mês, o faturamento bruto da empresa chega a R$ 40 mil.
“Para trabalhar com o governo, ainda temos que estudar e estruturar mais a empresa. Eu prefiro esperar do que entrar sem experiência”, explica Sandra.