A Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana (Semob) realiza, na tarde de hoje licitação, para escolha da empresa que fará a reforma da passarela para pedestres, que fica na Avenida Fernando Correa da Costa, imediações do Bairro Pico do Amor, em Cuiabá. O processo será feito por meio de “carta convite”, processo considerado mais rápido. Saindo a vencedora, logo em seguida a Semob já emite a ordem de serviço.
Atualmente, a passagem deixou de ser utilizada por muitas pessoas devido à falta de manutenção, ausência de degraus, falta de corrimão e estrutura enferrujada, problemas que oferecem riscos aos usuários. Porém, o perigo é maior ainda, pois os pedestres acabam se arriscando para atravessar a Fernando Correa, que conta com intenso fluxo de carros e ônibus. A reforma estava prevista para ser entregue à população ainda no aniversário de Cuiabá, em abril passado.
A intenção inicial da Prefeitura era construir uma nova passarela, inclusive, com elevador para atender portadores de necessidades especiais e idosos. Porém, a proposta foi suspensa por conta das obras paradas e inacabadas do veículo leve sobre trilhos (VLT), que deverá passar pela Fernando Correa. Caso seja retomado, o VLT deverá levar à demolição da passagem para pedestres.
Os trabalhos devem compreender a restauração total da passarela, pintura ajustes de acessibilidade, iluminação dentre outros. A passarela será totalmente recuperada com rampa de acessibilidade, tendo o guarda corpo metálico na única rampa, pintura anticorrosiva, iluminação, recuperação de degraus, nivelamento do piso de cimento e pavimentação de parte da calçada, na lateral de um beco, que dá acesso ao Pico do Amor.
A atual estrutura foi construída em estrutura metálica e instalada no local há mais de 16 anos. De lá para cá, não passou por reformas, que garantissem a segurança dos pedestres. Com 36 metros de comprimento e 2,2 de largura, a passarela se sustenta por cinco pontos de apoio.
Há uma semana, a Justiça Federal suspendeu por mais 30 dias o contrato entre o Estado e o Consórcio VLT a pedido do governador Pedro Taques. O chefe do Executivo estadual exige o rompimento, em definitivo, das negociações com as empresas do Consórcio, por conta da operação “Descarrilho”, que revelou o pagamento de propina por empresas componentes do Consórcio VLT a agentes públicos estaduais no período de 2012 a 2014. “Autorizo a suspensão do contrato nº 037/2012/SECOPA/MT e do seu respectivo termo aditivo por mais 30 (trinta) dias úteis, contados a partir do primeiro dia útil subsequente à intimação das partes desta decisão, sendo que o início do novo prazo de suspensão deverá ser devidamente certificado nos autos”, diz trecho da decisão proferida na última sexta-feira (8) pelo juiz federal Ciro José de Andrade Arapiraca.
O orçamento inicial para construção do VLT entre Cuiabá e Várzea Grande é de R$ 1,477 bilhão. Até agora o Governo já desembolsou R$ 1,066 bilhão. O projeto do novo modal é composto por duas linhas (Aeroporto – CPA e Coxipó – Porto), com total de 22 quilômetros e segue sem previsão de retomada das obras.
(Fonte: Folha Max)