Na avaliação do consultor em planejamento de aeroportos Erico Santana, os problemas enfrentados pela economia europeia devem favorecer a competição pelos aeroportos brasileiros. “Não há dúvidas de que a existência de uma crise na Europa auxilia em muito essa invasão (de operadoras do continente no Brasil”, diz ao ressalvar que o passo atrás dado pelo governo espanhol por si só não deva atrair mais competidores para o Brasil.
A realização do leilão dos aeroportos de São Paulo, Campinas e Brasília no início de fevereiro é colocada em dúvida por profissionais do mercado.
Ontem, a Anac adiou o prazo para entrega das propostas das empresas interessadas, mas manteve a data do leilão. A alteração foi feita depois que os grupos que pretendem entrar na disputa fizeram mais de 1.300 pedidos de esclarecimento à agência. Prometidas para ontem, as respostas não haviam sido publicadas até o fechamento desta edição.
Segundo fontes, uma das principais dúvidas das empresas é sobre a alocação de riscos. No caso das licenças ambientais, elas pedem que o governo assuma maior responsabilidade, pois não querem arcar com altas multas em caso de atrasos causados pela demora na obtenção dessas autorizações.
“O caso do Brasil depende dele mesmo. Quanto mais claras estiverem as regras do jogo, mais chances de sucesso teremos no processo, havendo consequentemente uma maior atração de investidores estrangeiros para outros aeroportos que virão tanto em nível federal quanto estadual ou até municipal”, afirma Santana. / COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS
Por: GLAUBER GONÇALVES / RIO
(Fonte: O Estado de S.Paulo)