De acordo com Bernardo Figueiredo, o Estudo de Viabilidade Técnica, Econômica e Ambiental (Evtea) será feito pela Valec – empresa pública responsável pela construção e exploração de infraestrutura ferroviária no País. A estatal fará tanto o estudo para a construção da nova linha entre o Oeste paranaense e o porto como o da implantação do trecho da ferrovia Norte-Sul que passará pelo Paraná.
“O governo federal vai executar os dois estudos ao mesmo tempo”, informou Figueiredo. “A diretriz da União é fazer ferrovias como forma de induzir o desenvolvimento e a produção. O governo federal nunca teve dúvida de que este (nova linha até Paranaguá) era um projeto prioritário. Hoje estamos iniciando o trabalho de construção”, salientou.
O novo traçado entre Cascavel e Paranaguá atenderá as principais regiões produtoras de grãos do Paraná, em especial as de soja e de milho. O ramal vai ampliar a velocidade média de transporte de carga, dos atuais 15 km/h para 65 km/h. Outra vantagem é que será possível aumentar a quantidade de vagões transportados, com um traçado menos íngreme e sinuoso.
Bernardo Figueiredo disse que o novo traçado integra o esforço de investimentos para a eliminação de passivos no setor de infraestrutura e que a expectativa é que a nova ferrovia comece a operar até o fim de 2014. Segundo ele, os paranaenses terão uma ferrovia construída em um ambiente competitivo que vai oferecer ao mercado o menor preço possível. “A ferrovia vai praticar preços competitivos”, afirmou.
MARACAJU – A Valec, empresa vinculada ao Ministério dos Transportes, está reformulando o termo de referência para a contratação dos estudos relativos a outros trechos da ferrovia. O presidente da Empresa de Planejamento e Logística disse que já está em processo a contratação do projeto de ligação entre Maracaju (MS) e Cascavel. O prazo é junho do ano que vem.
Além do Paraná e do Mato Grosso do Sul, a construção do novo ramal ferroviário vai atender os estados do Mato Grosso e Goiás, além do Paraguai. O presidente da Ferroeste, João Vicente Bresolin Araujo, disse que a notícia trazida por Figueiredo é um marco para o desenvolvimento do Estado. “As demandas dos produtores paranaenses e de estados vizinhos poderão finalmente ser atendidas”, avaliou.
(Fonte: Estado do Paraná)