Notícias

Justiça volta a suspender contratação de empresa que ganhou licitação do autódromo de Deodoro, no Rio

TRF-2 determina que o Estudo de Impacto Ambiental seja apresentado antes da assinatura. No mês passado, G1 mostrou que há indícios de direcionamento no certame.

O Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF-2) voltou a suspender a contratação da empresa Rio Motorpark, que ganhou a licitação para a construção do autódromo de Deodoro, na Zona Norte do Rio.

A decisão da última terça-feira (27) foi noticiada inicialmente pela “ESPN” e confirmada nesta quarta-feira (28) pelo G1.

A decisão é da 5ª Turma Especializada, por unanimidade, e determina a suspensão até que seja apresentado o Estudo de Impacto Ambiental (EIA-Rima). Os magistrados determinam ainda que seja expedida licença prévia “atestando a viabilidade ambiental do empreendimento no local”.

A Prefeitura informou que ainda não foi notificada. A Rio Motorpark informou que cumprirá as obrigações e “entregará amplo estudo de impacto ambiental”.

Por motivo semelhante, a contratação havia sido suspensa no dia 19 do mês passado. A liminar foi derrubada — permitindo a contratação — no dia 2 deste mês e, agora, novamente voltou a ser suspensa.

Suspeitas
A licitação do autódromo é investigada pelo Ministério Público do Rio. O G1 mostrou, com exclusividade, no mês passado, indícios de irregularidades na empresa vencedora.

A Rio Motopark foi criada 11 dias antes do certame e declarou ter capital social de R$ 100 mil. Na data da assinatura, a Rio Motopark tem de provar possuir 1% do valor estimado do empreendimento — isto é, R$ 6,97 milhões dos R$ 697 milhões orçados.

O presidente da empresa, José Antonio Soares Pereira Júnior, é sócio da Crown Assessoria, que ajudou a montar o edital.

A Rio Motopark apresentou como garantia à Prefeitura do Rio uma carta-fiança de quase R$ 7 milhões do Maxximus Bank, empresa que não é uma instituição autorizada pelo Banco Central.

A prefeitura aceitou a garantia e afirmou, em nota, que a empresa era um “banco de primeira linha”. A própria Maxximus negou ao G1 que seja um banco.

Durante a investigação, o MPF identificou também indícios de direcionamento da licitação e enviou uma notícia-crime para o MP estadual (MPRJ), que é o responsável pelos casos na esfera municipal – a licitação é feita pela prefeitura.

A administração municipal e a empresa têm negado qualquer irregularidade.

O que diz a empresa
“A empresa, assim como em oportunidades anteriores, reforça que cumprirá com as obrigações impostas pelos órgãos competentes, bem como as indicadas no referido edital de licitação e reitera que entregará amplo estudo de impacto ambiental na região, que será encaminhado às autoridades, conforme exige a legislação vigente.

Mais uma vez, entretanto, registre-se profunda estranheza com decisão judicial que apenas pede cumprimento de requisitos que já estavam previstos no edital para serem atendidos antes da celebração do contrato. Portanto, a referida decisão não adiciona nenhuma nova requisição que já não esteja no escopo da parceria para a futura construção do novo Autódromo do Rio”.

(Fonte: G1 – Rio de Janeiro)

Related posts
Notícias

Especialista explica porque mudança no edital de licitação da BR-381 vai atrair interessados

Professor da Fundação Dom Cabral fala da retirada do lote 8 e do novo atrativo para as empresas…
Read more
Notícias

Prevista para ser concluída em 2018, obra do Centro de Inovação de Brusque tem novo edital de licitação publicado

Obra chegou a ser considerada 98% concluída A retomada da obra de construção do Centro de…
Read more
Notícias

Pernambuco lança licitação para construção de 51 novas creches e pré-escolas

Confira quais municípios serão contemplados O Governo de Pernambuco abriu licitação para…
Read more

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *