Modelos. Em cada um deles, uma empresa distinta deveria testar a tecnologia. Apenas a do Itaim-Bibi não contemplaria uso pelo smartphone de créditos adquiridos pela internet ou em pontos de venda. Lá, a ideia era usar parquímetros móveis que podem ser encontrados em lojas, bancas de jornal ou mesmo pela internet para fazer o controle dos minutos em que se é permitido estacionar.
Segundo a CET, nada seria pago pela companhia pela oferta da tecnologia e o lucro das empresas deveria vir da margem de ganho que já está prevista na venda dos talões atuais de Zona Azul. Depois disso, a CET decidiria se homologaria ou não cada um dos sistemas. De acordo com a companhia, todos os sistemas homologados seriam estendidos para as mais de 37 mil vagas de Zona Azul da capital – o sistema atual, de talões, continuaria válido.
Os critérios para a homologação não seriam aderência e utilização dos sistemas pelos usuários, mas a qualidade e confiabilidade da tecnologia apresentada. O raciocínio era de que a concorrência entre as empresas para conseguir atrair os usuários já deveria garantir a eficiência dos sistemas e simplicidade na maneira de usá-los.
Histórico. A proposta da Prefeitura de criar a Zona Azul eletrônica é antiga. A ideia surgiu na gestão Celso Pitta (1997-2000), quando, em 1998, foi anunciada licitação para colocar 1,2 mil parquímetros nas ruas. O projeto acabou suspenso. Marta Suplicy (2001-2004) e o atual prefeito, Gilberto Kassab (PSD), em 2006, também apresentaram projetos similares, mas nenhum dos dois vingou. O de Marta foi barrado pelo Tribunal de Contas do Município (TCM). Já o de Kassab chegou a funcionar por alguns anos, mas caiu em desuso pela baixa adesão dos usuários.
Por: RODRIGO BURGARELLI
(Fonte: O Estado de S.Paulo)