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Infraero abre licitação para obras no PA após restrição de pouso na chuva

Obras devem custar R$ 867 mil e devem ser executadas durante 30 dias. Segundo Infraero, pista auxiliar pode ser utilizada sem restrições.

A Infraero publicou nesta terça-feira (11) edital de abertura de licitação para a realização de obras no Aeroporto Internacional de Belém. O edital foi publicado no Diário Oficial da União, e prevê a criação de ranhuras – o chamado ‘grooving’ – na área de frenagem da pista, que mede cerca de 400 metros. Segundo a Infraero, o investimento previsto é de R$ 867 mil e a empresa vencedora do pregão terá 30 dias para executar o serviço

 

O anúncio das obras ocorre após a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) restringir a operação na pista em dias chuvosos. Segundo a Anac, o aeroporto não possuia aderência adequada com pista molhada – fato que a Infraero havia negado ao G1, alegando que a pista passara por reforma em dezembro de 2013 e apresentava índices de atrito adequados.

 

A empresa responsável pela administração do aeroporto diz ainda que os trabalhos realizados ano passado não previam a instalação das ranhuras, prevendo apenas troca de asfalto, revitalização de pavimento, restauração e sinalização. Na época, o investimento foi de R$ 4,6 milhões.

 

Pista auxiliar

Além da pista principal, que mede 2,8 km, o aeroporto de Belém tem ainda uma pista auxiliar de 1,8 km. Segundo a Anac, esta pista está autorizada para pousos e decolagens sem restrições, mesmo em dias de chuva.

 

A informação, entretanto, é questionada pela Associação Brasileira das Empresas Aéreas (ABEAR): segundo o órgão, o serviço de desemborrachamento realizado nas pistas do aeroporto de Belém em janeiro de 2014 não oferece capacidade de drenagem adequada para a segurança operacional de aeronaves, seja na pista principal ou na auxiliar.

 

Em entrevista ao site da ABEAR, o consultor técnico Paulo Alonso explicou os problemas da pista auxiliar de Belém. “Além de apresentar o mesmo problema de acúmulo de água que a pista principal, a auxiliar ainda é mais curta e tem menor espaço de frenagem. A decisão das companhias de não utilizar a pista auxiliar em más condições de clima segue exclusivamente o critério de segurança”.

 

Entenda o caso

Em janeiro de 2014 a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) emitiu uma nota técnica para a Infraero sobre os novos procedimentos que devem ser adotados em caso de chuva no aeroporto internacional de Belém. O documento foi publicado pelo Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea), e orienta que aeronaves não operem na pista principal do aeroporto em dias de chuva até o mês de março deste ano.

 

Segundo a Infraero, o aeroporto havia passado por reformas e apresentava condições de atrito compatíveis com os padrões internacionais: testes feitos com aviões a 65 km/h resultaram em índices de atrito entre 0,63 e 0,83, sendo que o nível mínimo é 0,43.

 

(Fonte: G1)

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