Vazamento total foi de 3 mil barris de petróleo. Petroleira deve receber mais duas multas, e pode ser proibida de explorar o Pré-sal ou até de atuar no país
O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) aplicou uma multa de R$ 50 milhões na petroleira Chevron, pelo vazamento de petróleo na Bacia de Campos, no Rio de Janeiro. A empresa tem 20 dias para pagar a multa ou recorrer da decisão. Segundo o instituto, a empresa pode receber mais multas caso seja comprovado que houve falha no plano para conter o vazamento.
Além da multa do Ibama, a empresa deve receber mais duas multas da Agência Nacional do Petróleo (ANP). O diretor da agência, Haroldo Lima, disse nesta segunda-feira (21) que a ANP pode rever o pedido da Chevron para explorar o Pré-sal.
Segundo o diretor, até o momento a Chevron era considerada uma empresa “tipo A”, que significa que pode operar em qualquer área, desde que ganhe a licitação. Em reunião na próxima quarta-feira (23), a ANP pode, após analise dos fatos, rebaixar a empresa para tipo B ou C, o que a impediria de explorar petróleo em águas profundas, por exemplo.
Segundo o diretor, até terça-feira (22) sai o relatório sobre o vazamento. Serão duas autuações, a primeira referente a omissão de informações por parte da empresa, e a segunda, referente ao não cumprimento do plano aprovado pela ANP de abandono do poço. “A Chevron tinha informações que deveriam ser repassadas para a ANP, mas não o fez, e na parte final de implementação do plano, a companhia não tinha o equipamento adequado”, disse Lima.