A americana Hawker Beechcraft já começou a se movimentar politicamente para tentar reverter a sua exclusão do fornecimento de 20 aeronaves de treinamento militar
A americana Hawker Beechcraft já começou a se movimentar politicamente para tentar reverter a sua exclusão do fornecimento de 20 aeronaves de treinamento militar para o programa Light Air Support (LAS), da Força Aérea dos Estados Unidos (USAF). Segundo um especialista do setor de defesa no Brasil, a empresa americana aproveitará o ambiente de cortes no orçamento do governo do seu país para fortalecer o argumento de que este contrato é fundamental para a manutenção de 1400 empregos em sua fábrica, na cidade de Wichita, no Estado do Kansas.
Em nota divulgada logo após o anúncio da sua eliminação, dia 18 de novembro, a Hawker informou que já havia solicitado à USAF um relatório sobre os motivos de ter sido retirada do processo e ressalta que já investiu mais de US$ 100 milhões no desenvolvimento do seu avião, o AT-6, para atender aos requisitos da concorrência.
“Acompanhei de perto todas as concorrências que o Super Tucano e outros aviões de defesa da Embraer participaram nos Estados Unidos e em todas ficou muito claro que o lobby político não consegue mudar a decisão técnica, mas ele pode sim cancelar o programa”, afirmou a fonte, que trabalhou na Embraer por 20 anos.
A Embraer prefere não fazer comentários. Ela está cautelosa com a situação. Segundo um executivo da área de defesa da empresa, o fato de a Embraer ser a única finalista no processo não garante a vitória. As decisões no mercado de defesa, segundo ele, não costumam ser tão óbvias.