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Haddad suspende licitação de Kassab por suspeita de favorecimento

O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), suspendeu licitação do antecessor para construção de moradias para a população de baixa renda por suspeitas de direcionamento

 

O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), suspendeu licitação do antecessor, Gilberto Kassab (PSD), para construção de moradias para a população de baixa renda por suspeitas de direcionamento, conforme ato publicado no Diário Oficial do Município de sábado. O contrato, de R$ 83 milhões, iria para o consórcio formado pelas construtoras OAS e Constran.

 

A Controladoria Geral do Município de São Paulo verificou, em análise preliminar, a “situação de potencial restrição à competitividade” da licitação aberta por Kassab em 28 de novembro de 2012 para a segunda etapa da construção de unidades habitacionais no Real Parque, feito com dinheiro da Operação Urbana Água Espraiada, para abrigar as famílias retiradas de favelas da região.

 

No dia seguinte à publicação do edital, o então secretário municipal de Habitação, Orlando de Almeida Filho, um dos homens de confiança de Kassab, foi exonerado a pedido, segundo o Diário Oficial. Ele foi substituído pelo ex-comandante-geral da Polícia Militar Elizeu Eclair Teixeira Borges, filiado ao PSDB.

 

A análise da concorrência partiu de denúncia à Guarda Metropolitana Municipal (GCM) sobre um suposto favorecimento. “A CGM aprofundou os exames e identificou preliminarmente que o edital continha exigências aparentemente não usuais, de forma injustificada, principalmente quanto à qualificação técnica dos participantes”, informou a controladoria, sem entrar em detalhes.

 

A abertura dos envelopes de habilitação das empresas ocorreu no dia 29 de janeiro, já sob a nova gestão, e a divulgação do valor das propostas foi feita no dia 15 de março. Segundo a Secretaria Municipal de Habitação, 26 empresas adquiriram o edital, dez efetuaram a visita técnica e quatro participaram do certame, enviando envelopes e propostas de preço. Apenas o Consórcio OAS-Constran e empresa EIT Engenharia S/A foram habilitados.

 

O consórcio OAS-Constran cobrou o menor preço pelo serviço, R$ 82,99 milhões, e venceu a licitação. A Secretaria de Habitação tinha orçado a obra em R$ 84,63 milhões, em valores atualizados.

 

Segundo a Controladoria Geral do Município, a suspensão da assinatura do contrato “tem caráter preventivo e visa verificar as condições de competitividade da licitação, averiguando se o edital contém cláusulas de caráter restritivo de forma injustificada, o que, caso constatado, poderá gerar a sua nulidade”. O Valor tentou contato com as assessorias da OAS, Constran e do ex-prefeito Kassab, mas não obteve retorno.

 

 

(Fonte: UOL)

 

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