Viana não foi alvo das investigações, mas, segundo o inquérito, um dos momentos que o poder público local foi “leniente” com o suposto cartel é um diálogo captado no dia 1º outubro de 2011em que Narciso cita uma reunião com o governador. Após o suposto encontro, o investigado liga para o pai, o ex-deputado Narciso Mendes, e afirma que o governador mandou fazer “uma reserva de recursos” para que a obra do hospital não parasse.
Antes, Narciso conversou com um homem não identificado sobre a mesma reunião e afirma que ouviu do governador referência às obras da UTI no Huerb. A concorrência 173/2011, para reformas no Centro Cirúrgico e UTI, só foi publicada no dia 14 de outubro.
O secretário de Comunicação do Acre, Leonildo Rosas, informou que o governador nunca recebeu qualquer empresário para tratar de contratos ou licitação e que sempre agiu dentro da legalidade. O secretário adjunto de Obras, Leonardo Freire, informou que por determinação do governador será aberta uma sindicância para irregularidades na contratação da CIC.
O advogado de Narciso, Emilson Brasil,disse que seu cliente é inocente e que se houve direcionamento das concorrências os responsáveis pelas licitações deveriam estar presos.
Por: Ricardo Brandt, enviado especial / Rio Branco
(Fonte: O Estado de S.Paulo)