25 mil alunos da rede municipal de ensino em Teixeira de Freitas estão sem aula por conta de uma greve por tempo indeterminado, deflagrada pelos profissionais da educação na manhã desta quinta-feira
25 mil alunos da rede municipal de ensino em Teixeira de Freitas estão sem aula por conta de uma greve por tempo indeterminado, deflagrada pelos profissionais da educação na manhã desta quinta-feira, 1º de setembro. Com a paralisação, 1.300 professores de 60 escolas estão de braços cruzados.
Segundo a APLB-Sindicato, a paralisação está sendo feita mediante a falta de alternativa para resolução de uma série de problemas enfrentados pelo setor municipal da educação. Dentre as reivindicações da categoria está o pagamento do piso nacional no valor de R$ 1.187,97, e o reajuste salarial com base na arrecadação do Fundeb de 2010/2011, que teria aumentado 23%.
Para a professora Brasília, diretora da APLB-Sindicato, falta transparência nas verbas públicas e condições de trabalho para os profissionais da educação. “Existem escolas com três turnos. E nós queremos saber por que a escola do Colina Verde foi licitada duas vezes, porque a creche do Tancredo Neves não está funcionando, qual foi o motivo da interdição do MEC. São coisas que o prefeito tem que vir a público dizer, e prestar esclarecimentos do que é feito com a verba da educação”, disse Brasília.
Durante o protesto fei,to pelas ruas da cidade no primeiro dia de greve, os professores ganharam apoio dos alunos. Clarice Laine que estuda no Igualdade e Justiça, disse que a situação é fruto da falta de respeito com o setor. “A greve tem que continuar até que haja uma melhoria na educação do município”, afirmou.
Caso a greve se estenda, as escolas poderão não participar do desfile cívico do dia 7 de setembro, isso se ele for realizado. “O Dia da Independência é uma data para exercer o seu direito cívico, e as escolas não participarão por única e exclusiva responsabilidade do prefeito, que poderia ter sentado conosco desde abril, quando foi aberta as negociações para tentar resolver esta situação. A gente não pode desfilar e fingir que nada esta acontecendo, 7 de setembro será um dia de luta para educação de Teixeira de Freitas”, desabafou a diretora do APLB-Sindicato.