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Governo lança pacote de R$ 8 bi, com uma licitação ‘por dia’ de obra rodoviária

Plano do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes prevê 400 licitações para tentar tirar do papel 100 obras rodoviárias, em mais de 6,4 mil km 

Na reta final de seu mandato, a presidente Dilma Rousseff lançará 400 licitações para tentar tirar do papel 100 obras em todas as regiões do País. O “plano de metas” do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) prevê investimento de R$ 8 bilhões em estradas, duplicações, contornos, anéis rodoviários, pontes, viadutos e travessias urbanas. Serão, ao todo, mais de 6,4 mil km de obras.

 

Boa parte dos projetos está localizada em cidades de regiões metropolitanas das capitais do Sul, Sudeste e do Nordeste, bastante populosas.

 

O “mapa da mina” das obras, que movimentará empreiteiras, projetistas e consultorias, além de estimular empréstimos no mercado financeiro, está preservado do risco de paralisação no período eleitoral, a partir de julho. Como é dinheiro federal para obras públicas, sem a necessidade de assinatura de convênios com Estados e municípios, Dilma Rousseff poderá lançar os editais e as obras antes das eleições.

 

Licitações. Os novos projetos vão compor a robusta carteira do Dnit, hoje com R$ 10 bilhões de obras em andamento. Serão lançadas licitações para a obra, a supervisão do projeto e a gestão ambiental do conjunto. “Isso dá mais do que uma licitação por dia até o fim do ano”, diz o diretor-geral do Dnit, general Jorge Fraxe, ao Estado.

 

Parte dessas licitações será descentralizada às superintendências do Dnit nos Estados, o que pode reforçar a influência de políticos locais, muitos deles candidatos a deputado federal, senador ou governador. “Mas as obras complexas vão ficar aqui na sede”, rebate o general.

 

No orçamento do Dnit para 2014, cujo valor supera R$ 14 bilhões, também estão procedimentos de recuperação e manutenção de rodovias federais no valor de R$ 6 bilhões. “Estamos fazendo um revolução aqui no Dnit. Há pessoas insatisfeitas, erros se cometem, mas vamos acertando. O pior erro é a omissão”, diz Fraxe.

 

Obras. Entre as principais obras, estão os anéis viários do Recife e de Belo Horizonte, o Arco Sul da capital mineira, entre Betim e Nova Lima, e duplicações de rodovias em todas as regiões do País.

 

Na lista das prioridades, estão trechos da BR-101 na Paraíba, na área das divisas Bahia-Sergipe e Rio-São Paulo (Mangaratiba), além do interior do Paraná, entre Toledo e Marechal Cândido Rondon.

 

Também estão previstos editais para “melhorias” na região metropolitana de Porto Alegre, a construção de túnel na congestionada BR-101 no litoral de Santa Catarina, uma ampliação e implantação da via expressa de acesso a Florianópolis, a segunda ponte sobre o Rio Paraná, na fronteira Brasil-Paraguai, e as travessias urbanas de Santarém, Uberaba e Rondonópolis.

 

Na lista, figuram dezenas de pontes na rodovia Transamazônica, a ponte sobre Rio Araguaia, em Xambioá (TO), a duplicação e pavimentação da BR-163 (Cuiabá-Santarém).

 

Além disso, há licitações previstas para obras em áreas urbanas próximas a Fortaleza, Natal, Porto Velho, Vilhena, Altamira e Macapá, Ubatuba, Cachoeiro do Itapemirim, Juiz de Fora, Itaperuna, Ponta Grossa, Paranaguá, São Miguel do Oeste, Santa Maria, Santo Ângelo e Novo Hamburgo.

 

Minas. Nesta segunda-feira, a presidente Dilma Rousseff anunciou a liberação de R$ 2,5 bilhões para a duplicação da BR-381, no trecho entre Governador Valadares e Belo Horizonte. Ao lado do provável candidato do PT ao governo de Minas e seu ex-ministro Fernando Pimentel, ela criticou o governo mineiro e disse que o Estado precisa ser cobrado pelos atrasos nas obras do anel rodoviário de Belo Horizonte.

 

A presidente rebateu críticas de adversários pelas várias promessas de que iniciaria a duplicação da BR-381. Ela justificou que o governo pensou em conceder a rodovia, mas o alto preço do pedágio tornou essa opção inviável. “Mudamos para obra pública e isso explica o ano de atraso”, disse Dilma./ COLABORARAM GUSTAVO PORTO, CARLA ARAÚJO E MARCELO PORTELA

 

(Fonte: Estadão)

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