PROBLEMAS
O museu foi fechado em junho depois de um laudo apontar o desgaste em algumas obras expostas no prédio da cidade.
Os problemas foram encontrados nas pinturas “São Jorge e o Guerreiro” e “Sagrada Família”, que apresentam um processo em que a tinta se desgarra das paredes, chamado delaminação.
Rachaduras e desgaste na pintura também castigam a casa onde morou Portinari.
A Capela da Nonna, no próprio imóvel, também foi interditada em junho. Ela e a recepção do museu de Brodowski são os pontos mais críticos apontados pelo laudo, que foi assinado pelo restaurador Júlio Moraes.
O fato de o pintor ter “inventado” a tinta que era utilizada em seus trabalhos faz a análise ser ainda mais complexa, de acordo com a diretora do museu em entrevista anterior à Folha.
A casa onde o pintor cresceu foi desapropriada pelo governo do Estado em 1969 –sete anos após a sua morte dele– e, um ano depois, foi oficializada como museu.
Desde então, passou por diversas restaurações, a última delas em 2004.
Por: DANIELA SANTOS
(Fonte: Folha SP)