Além disso, a PF apontou que o dinheiro injetado pela construtora Delta em empresas de fachada e ligadas ao esquema de Cachoeira financiava campanhas eleitorais. Empresas que receberam recursos da Alberto e Pantoja Construções Ltda., cuja única fonte de renda identificada pela PF, era a Delta Construções, abasteceram cofres de campanhas em Goiás, como a de Perillo.
Perillo afirma que as doações eram legais e nega o envolvimento do governo de Goiás em qualquer ato de contravenção. Ele também anunciou uma auditoria nas licitações entre o Estado e a Delta Construções.
Após analisar o pedido de Perillo, o procurador-geral poderá arquivar a representação, pedir mais informações, ou também pedir a abertura de inquérito contra o governador ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), já que governador tem foro privilegiado.
Com a instalação da CPI para investigar os políticos e servidores privados ligados a Cachoeira, o PSDB já considera inevitável um depoimento do governador goiano, segundo informou a coluna Poder Online. Na quarta-feira, o líder tucano na Câmara, Bruno Araújo (PE), afirmou que o partido apresentará um requerimento à comissão para a convocação de Perillo.
É o preço que o partido está disposto a pagar, por acreditar que, com investigações mais aprofundadas, a CPI provocará um desgaste maior ao seu rival, o PT. O governador petista Agnelo Queiroz (DF) também é citado nos grampos da PF.
(Fonte: Macae News)