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Galp será prudente em licitação de blocos no Brasil, que começa a ficar caro, diz CEO

LISBOA (Reuters) – A petroleira portuguesa Galp Energia vai adotar uma postura prudente no mega leilão de áreas para exploração e produção em mar no Brasil, cujos ativos começam a ficar caros, disse o presidente Carlos Gomes da Silva.

“Quanto à rodada de licitação no Brasil, a principal afirmação é que vamos ter uma aproximação de uma maneira muito cuidadosa”, afirmou numa teleconferência com analistas.

O governo brasileiro planeja três licitações de blocos neste ano, incluindo o mega leilão, chamado Rodada de Licitações do Excedente da Cessão Onerosa, que irá ofertar quatro áreas no pré-sal da Bacia de Santos, em 6 de novembro.

A intenção é que os contratos da rodada do excedente sejam conectados aos campos Búzios, Itapu, Atapu e Sépia, por meio de contratos de unitização, para que sejam desenvolvidos em conjunto.

A Petrobras já manifestou interesse em exercer direito de preferência em duas áreas no leilão do excedente, o que pode resultar no pagamento de um bônus de assinatura de 20,988 bilhões de reais pela estatal.

A estatal brasileira disse estar interessada nas áreas de Búzios e Itapu, com base numa participação de 30% e com chance de aumentar a participação no dia do leilão.

“O Brasil começa a estar relativamente caro. Pode-se ver pelo bônus que tem sido relacionado com o regulador”, disse o CEO.

A Galp tem de “ser prudente, garantindo elementos que são relevantes: ser capaz de ter retornos razoáveis, ser capaz de implementar parcerias sólidas e obteremos o acesso a ativos com a dimensão certa”.

“Assim, a complexidade dessa negociação é claramente um desafio para o resultado da opção… No entanto, temos esse interesse de ver o que está a acontecer em dois de nossos ativos e analisar o que pode ser o desenvolvimento futuro desses dois ativos”, afirmou.

A Galp participa no bloco BM-S-11A, projeto Iara, que é composto por três diferentes acumulações, designadas como Berbigão, Sururu e Atapu. A petroleira portuguesa também participa no bloco BM-S-24, que incorpora a área de Sépia Leste e a grande descoberta de Júpiter.

Firmado pela Petrobras e a União em 2010, o contrato de cessão onerosa garantia à empresa o direito de explorar até 5 bilhões de barris de óleo equivalente em determinadas áreas do pré-sal e, em troca, a empresa antecipou o pagamento de 74,8 bilhões de reais ao governo.

Nos últimos anos, governo e Petrobras vinham renegociando contrato, enquanto a Petrobras pedia ajustes devido à desvalorização do preço do barril de petróleo, dentre outras questões.

Serão leiloadas as áreas de Atapu, Búzios, Itapu e Sépia, na Bacia de Santos. Na ocasião, foi definido que o vencedor deverá pagar à Petrobras uma compensação pelos investimentos realizados na área e, como contrapartida, adquirirá uma parte dos ativos e da produção.

Estimativas apontam a possibilidade de excedente de 6 bilhões até 10 bilhões de barris de petróleo.

(Fonte: Extra)

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