Grande poder de influência das redes sociais na revolução árabe inspirou o psolista
Ao ser oficializado como candidato do PSOL à Prefeitura do Rio em convenção realizada nesta segunda-feira, 11, o deputado estadual e ex-presidente da CPI das Milícias, Marcelo Freixo, anunciou que pretende fazer de sua campanha uma espécie de versão carioca da Primavera Árabe. Para isso, disse contar com a participação da juventude, artistas e movimentos sociais, além do uso das redes sociais para tentar chegar ao segundo turno.
Com apoio formal apenas do pequeno PCB, pouco tempo de televisão e estrutura limitada, o parlamentar afirmou que não aceita fazer “alianças espúrias” na campanha, em referência ao fato do prefeito e candidato à reeleição, Eduardo Paes (PMDB), liderar coligação com 18 partidos. Em vários momentos, Freixo e seus aliados repetiram que a candidatura buscava alianças com a sociedade.
O desgaste provocado pela divulgação de fotos que mostraram a proximidade do governador Sérgio Cabral (PMDB), padrinho político de Paes, com o dono da Delta Construções, Fernando Cavendish, potencial alvo da CPI do Cachoeira no Congresso Nacional, é outro tema que Freixo pretende explorar na campanha.
“A Primavera Árabe mexeu com toda a estrutura de poder no mundo árabe e teve uma influência muito grande das redes sociais. Essa primavera carioca pode ser diferente, com a grande participação da juventude, que está indignada e que consegue ver na nossa candidatura uma luz e um espaço de esperança”, explicou Freixo. “Nossa campanha será de rua e de rede. E vai desafiar toda essa estrutura corrupta que deixa os cidadãos profundamente indignados. Mas pouca vezes essa indignação se transforma numa atitude concreta. Agora chegou a hora”, disse o candidato do PSOL.