Obras inacabadas que não passam de esqueletos são resultado de governos que iniciaram projetos e esses não foram concluídos dentro dos prazos previstos
A burocracia enfrentada nas licitações, os recursos financeiros que não são liberados dentro dos prazos, e a fiscalização ferrenha de órgãos como o Ministério Público Federal são algumas das justificativas apresentadas pelo Poder Público para que se explique o que leva uma construção a descumprir um prazo estimado pelo próprio governo.
Obras iniciadas em Fortaleza e Ceará adentro acabaram tornando-se paradigma de execuções mal planejadas nos últimos anos. Iniciado no começo do primeiro mandato da prefeita Luizianne Lins, o Hospital da Mulher atravessa os quatro anos de seu segundo governo e tem previsão para entrega no último mês da atual gestão. Esse prazo para inauguração, porém, fôra alterado um sem-número de vezes desde o início do atual governo petista. Foi com a promessa de finalização da obra que Luizianne emplacara o seu segundo mandato, sendo reeleita prefeita da capital cearense em 2008.
Situação semelhante à do Hospital da Mulher, e que já se arrasta há pelo menos 13 anos, é a do metrô de Fortaleza (Metrofor). Prometido no governo Tasso Jereissati, o equipamento já passou pelo governo Lúcio Alcântara e chega ao segundo mandato do atual governador do Ceará, Cid Gomes, sem perspectivas reais para conclusão total.