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Falta de material atrasa radiografias em AMAs da capital paulista

Segundo a pasta, “questões jurídicas” atrasaram a conclusão da licitação para a compra de reveladores, prevista para o início deste mês

A falta de material para fazer radiografias suspendeu os exames de raios-X nas AMAs (Assistência Médica Ambulatorial) da capital paulista.

 

O problema foi identificado pela reportagem em pelo menos 18 das mais de 200 AMAs, uma das portas de entrada do atendimento na rede municipal de saúde.

 

A Secretaria Municipal da Saúde confirma a falta do material, mas não o número de unidades afetadas. Segundo a pasta, “questões jurídicas” atrasaram a conclusão da licitação para a compra de reveladores, prevista para o início deste mês, e a situação nas AMAs deverá ser normalizada na próxima semana.

 

Em alguns casos, como o das AMAs Lauzane Paulista e Perus (ambas na zona norte), o exame não é realizado há cerca de um mês. Segundo a secretaria, há estoque de filmes e fixadores, mas a falta de reveladores impede a realização das radiografias.

 

A pasta informou ainda que as AMAs são orientadas a encaminhar os pacientes que necessitem do exame a hospitais municipais.

 

Ontem, os pacientes da AMA Elísio Teixeira Leite, no Jaraguá (zona norte), com pedido médico de radiografia tinham que caminhar 300 metros até o Hospital Geral de Taipas para fazer o exame. Depois, voltavam à AMA para finalizar o atendimento.

 

A demora para uma consulta, potencializada pelas idas e vindas de pacientes, chegava a três horas.

 

“Não é certo ter de andar com a criança com febre no colo, debaixo do sol quente”, afirmou a auxiliar de limpeza Ivonete da Silva, 28, depois de sair da AMA Elísio Teixeira Leite e caminhar até o hospital de Taipas para conseguir um exame para o filho Pablo Henrique, 1.

 

Ela diz que chegou ao local às 10h30 de ontem, com a criança com o “peito cheio” e tosse. Quase três horas depois, após passar em consulta com o médico e ter a radiografia indicada para o garoto, ela chegou ao hospital. “Dar essa volta é muito ruim, e atrasa o atendimento.”

 

Diversos pacientes fizeram o mesmo caminho ontem. A balconista Alice Pereira, 36, buscava uma radiografia do próprio tórax após ter sentido falta de ar. “Isso é um abuso. Eu ainda tenho de voltar para o serviço”, disse a balconista.

 

MERCADO

 

Uma película de filme para fazer exames de raios-X, conhecidos como “chapa”, custa até R$ 3, segundo Abelardo Raimundo de Souza, diretor do Conselho Nacional de Técnicos em Radiologia. Esse preço se refere ao exemplar grande –para coluna vertebral ou perna de adulto.

 

Película menor, usada para crianças ou regiões menores do corpo, custa cerca de R$ 1, segundo Souza. “Não falta material no mercado, há várias empresas”, disse.

 

Por: FERNANDA BARBOSA e FABIANA CAMBRICOLI
(Fonte: Folha de SP)

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