A perfuração de um poço em lâmina d’água com profundidade equivalente poderia custar mais de US$ 100 milhões à agência. Seria a primeira vez que a ANP desembolsaria um valor desses para contratar a perfuração de um poço antes de uma licitação. Geralmente, o risco da perfuração fica com as petroleiras e o órgão apresenta apenas estudos sísmicos.
Com o pré-sal, a ANP está mudando de estratégia. Pretende conhecer melhor e, se possível, valorizar as áreas antes de colocá-las ao mercado na 12.ª rodada de licitações. Dependendo do resultado, o órgão acredita que o investimento possa valer a pena.
No caso de Libra, cuja perfuração foi encomendada pela ANP à Petrobás, as apostas foram bem-sucedidas e o campo sozinho pode ir a leilão por um valor estimado entre R$ 20 bilhões e R$ 22 bilhões. A ANP tem prerrogativa prevista em lei para contratar a Petrobrás para perfurar áreas da União. A única vez que isso aconteceu foi no processo da cessão onerosa, com os megacampos de Libra e Franco, mas a Petrobrás se dispôs a arcar com os custos. / S.V.
(Fonte: Estadão)