Acho que à garantia da continuidade da empresa. O mercado não espera grandes mudanças.
Mas, é natural que a nova presidente mude nomes na diretoria…
Isso é tarefa do Conselho (de Administração). Não sei ainda o que será definido no próximo dia 14, mas é tarefa do conselho, do qual ainda sou membro, decidir sobre mudanças.
O que o sr. destacaria como marca de sua gestão na Petrobrás?
Em primeiro lugar, o fortalecimento do Sistema Petrobrás. Unificamos as funções corporativas, reorientamos a estrutura de gestão da companhia para um processo, e não para uma gestão de resultados, para aproveitar melhor o benefício de ser uma empresa grande como a Petrobrás. Também aceleramos o compromisso de crescimento com nossa cadeia de fornecedores. Por fim, identificamos gargalos operacionais e montamos programas para resolvê-los. Hoje, mais da metade do pessoal da Petrobrás tem menos de 10 anos de empresa. Renovamos muito o nosso quadro.
Há comentários de que o atraso na contratação das 21 sondas de perfuração teriam arranhado a relação entre a direção da empresa e o governo federal. Houve algum problema?
Acho isso absolutamente fantasioso. Trabalhamos sempre para o melhor resultado possível. Mas o ritmo de resoluções e definições depende da complexidade de cada assunto. A licitação das sondas é um problema complexo, mas não acredito que tenha tido qualquer influência. Não tenho nenhuma informação, das minhas conversas com a presidente Dilma, com os ministros (Guido) Mantega e (Edison) Lobão, com o governador Jacques Wagner nem com o ex-presidente Lula de nenhuma notícia de mudança com tensão ou problemas. Este é apenas um ciclo que se fecha.
Por: IRANY TEREZA / RIO
(Fonte: O Estado de S.Paulo)