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Esporte dá dinheiro para entidade que contrata consultoria do PC do B

A Casa de Taipa foi contratada dias antes de Agnelo e Wadson irem para China. No dia 1.º de agosto a CBDU recebeu R$ 2 milhões do Ministério do Esporte para custear a delegação brasileira que apresentou na China a candidatura de Brasília. Quatro dias depois, a mesma CBDU também celebrou convênio de R$ 2,8 milhões com o governo do DF. No dia 8 de agosto, com R$ 4,8 milhões no cofre, a CBDU contratou a Casa de Taipa, a empresa do PC do B.

Vínculo direto. O repasse de R$ 825 mil para uma empresa de membros do PC do B, em um projeto apoiado pelo Ministério do Esporte, mostra, pela primeira vez, o vínculo direto de integrantes do partido com o destino final de recursos públicos para a área. Reúne também, num mesmo caso, a legenda comunista, o ministério e Agnelo Queiroz, ex-ministro da pasta, ex-filiado ao PC do B – Agnelo saiu em março de 2006 e entregou a pasta a Orlando Silva, também do PC do B.

A engenharia política, administrativa e financeira para criar a Casa de Taipa, processo liderado por um ex-secretário do Esporte, e contratar meses depois a empresa também mostra que o desvio de dinheiro público não se deu, como já revelou a Controladoria-Geral da União (CGU), só por meio de organizações não governamentais (ONGs).

Em 2009, quando ainda estava no ministério, Júlio Filgueira assinou dois convênios que somam pelo menos R$ 1,1 milhão com a mesma CBDU, que viria a contratá-lo dois anos depois, agora com dinheiro do governo do DF, como “consultor” por valor semelhante.

O site do Ministério do Esporte registra uma foto de Wadson Ribeiro, Agnelo Queiroz e Luciano Cabral (presidente da CBDU) com o chefe do comitê organizador do evento na China em agosto. Na época, o secretário do Ministério do Esporte ressaltou o desejo brasileiro de sediar os jogos de 2017. “O Brasil se empenhará para fazer uma excelente apresentação de Brasília como candidata a cidade-sede dos Jogos de 2017”, disse Wadson.

Ele só não contou que a empresa escolhida para preparar a candidatura pertence a um de seus antecessores no cargo.

O policial militar João Dias Ferreira, autor das denúncias que derrubaram Orlando Silva do ministério na semana passada, acusou Filgueira de participar do esquema de desvios de verbas do programa Segundo Tempo. Ferreira disse ter gravações que comprometeriam o agora consultor de comunicação.

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